22 julho 2010

The end #2

Log off. Log out. Terminar sessão. Desligar.
A carga pronta e metida nos contentores.
Over and out...

17 julho 2010

The end.

Um espaço que era meu, tão meu, tão nosso. Tão vivo. E que morreu de repente. E ali está... Escuro, parado, inerte. Como se nunca nada ali se tivesse passado, entre paredes que têm tanto que contar. Não há ali a memória dos bons momentos, do movimento, das gargalhadas, da profissão, dos nervos, de tudo o que ali se viveu, se disse, se fez, se sentiu. Fervilhava de energia e de repente sinto-o como o sítio mais calmo e silencioso do mundo. E é um vazio tão grande, cá dentro. É uma coisa que se sente e que não tem nome. É tristeza, é vazio, é nostalgia, é tudo. E dói, cá no sítio mais fundo. Porque não era assim que tinha de ser, porque a morte daquele espaço é só uma parte da morte de algo muito maior, porque aquelas luzes desligadas são uma parte de mim que foi desligada, também. Apagou-se a luz daquele sítio tão nosso e apagou-se também uma luz cá dentro. Apagou-se para sempre e há um milhão de coisas que não voltam mais. Odeio e expressão "nunca mais". Odeio a ideia, profundamente. Morreu a luz, morreu o espaço, morreu a rádio, e com ela morreram rotinas e companhias e afazeres e dinâmicas e, pior que tudo, momentos. Agora já não se vive nada disso, nem voltará jamais a viver-se - só resta contar a história sem verbos no presente. O futuro é outro. E o que mais dói, aqui, chama-se passado.

E é uma dor terrível.