Dias. E meses. E meses, e meses, e meses. Olho para trás e só vejo meses. Olho para a frente e temo que a vista seja igual.
Bolinhos de coco. Chuva lenta. A telefonia, absoluta, tão presente de todas as maneiras possíveis e imagináveis. O mundo lá fora. A vida em passo incerto com o horizonte lá muito, muito ao fundo. Músicas que dizem o que eu nem consigo pensar. Frio na barriga, cansaço, tristeza que não é triste e vontade nem sei de quê. Ausências prolongadas, tempos errados, peças desencaixadas. Fé a mais e desejo na mesma medida. A esperança numa conversa e num bilhete.
E tudo tão longe.