Às vezes não há folhas que cheguem. Antes rasgá-las que escrever nelas, ou então escrever primeiro e rasgar logo a seguir, para tentar aplacar o tanto que aqui vai dentro e que não trava de maneira nenhuma. Despejar a alma para o papel, nestes dias, equivale a nada.
O coração parte-se em dois. Em três. Em meia dúzia. Sei lá eu em quantos bocados. Contá-los é impossível, e, seja como for, antes de chegar a meio já não seria capaz de continuar a soma.
Cansam-me as mil e uma coisas que não passam. Que não melhoram. Que não acabam. Que não se transformam. Que não se resolvem. Cansa-me o não. Cansa-me o nada. Cansa-me o nunca. Cansa-me o quem sabe, o talvez, o um dia. Cansa-me não saber desse dia pelo qual parece ser suposto eu esperar pacientemente.
Só que a paciência tem fim, a força também, e algo me diz que a esperança trilha o mesmo caminho.
Parece que a luz, quando existe sabe sempre a pouco...e por muita vontade que se tenha em agarra-la para sempre...parece que nos foge. E essa escuridão de que falas, demora-se...não te quero assustar mas acho que quando a paciência terminar o que sobra não tem nada de bom, por isso, não a deixes morrer.
ResponderEliminarAdorei o texto, a realçar:
"Cansa-me o não. Cansa-me o nada. Cansa-me o nunca. Cansa-me o quem sabe, o talvez, o um dia. Cansa-me não saber desse dia pelo qual parece ser suposto eu esperar pacientemente."
(E o ínicio, está algo de utópico: "Às vezes não há folhas que cheguem.")
Keep going, seja para onde for, desde que longe do escuro (ou do mais escuro ainda).
Parte-se o coração?
ResponderEliminarAinda é muito cedo para te acontecer isso. E tu és forte!
Ainda há uns dias ouvi dizer que a quem sabe esperar o tempo abre as portas...mas às vezes é tão difícil não desesperar...
Adorei... muito bonito, me identifiquei bastante
ResponderEliminarcom certeza usarei parte desta mensagem.. rs
um beijo. muito bom conhecer aqui