Toda a fé numa carta que me leva lá dentro. Toda a fé numa carta de coração aberto, em jeito de menina cansada e obstinada. Toda a fé numa carta das antigas, das que sabem bem, das que já pouco se fazem, das que metem papel, envelope e selo ao barulho, na teimosia de querer fazer bonito e bem-feito, adequado ao destinatário e à ocasião. Toda a fé numa carta que segue em correio azul, na pressa de quem não quer esperar mais, na urgência de quem quer fugir. Toda a fé numa carta e em que ela se transforme no bilhete de ida sem volta. Toda a fé na bondade do destinatário, que todos referem, destacam, relembram, prometem.
Fé na fé. Fé no meio da pouca fé que tenho.
Espero que essa carta dê origem a outra, ou a um telefonema, ou a um e-mail, que te faça continuar a ter fé!
ResponderEliminarReally!!!