Consciente que estou do risco que corro de que a partir deste momento duvidem da minha sanidade...
A NASA está a montar um novo foguetão.
O maior de todos. Querem pousar em Marte em 2017, sem gente. E querem pousar
outra vez, mas com gente, em 2030.
E eu aqui, cabeça literalmente na Lua, com isto a mexer-me
com o sistema. A fazer contas para perceber que em 2030 já passei dos 40. E nem
pensar em dar ouvidos às vozes dos outros e à que se forma na minha cabeça, no
cantinho racional, a dizerem "que disparate". Sonhar não faz mal, é remédio de
graça, e sempre tive este apelo em mim (que, em boa verdade, nunca entendi muito bem).
É como se houvesse um pedacinho meu perdido pelo espaço. Uma tirinha de alma, talvez, que chama por mim lá
de algum lado e que eu preciso de alcançar. Misturo ciência e fé numa confusão sem
lógica nenhuma, num perfeito e absoluto disparate, num delírio que nem para mim faz sentido ―
mas que é a única maneira de explicar (ou não) esta minha vontade, este desejo íntimo,
interior e desesperado de pôr o pé em qualquer coisa que me projecte até à Lua.
Ou até Marte.
Queria tanto. Tanto.
Queres ir vai....mas volta. :-P
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