Façam-me um favor: sejam preguiçosos, armados em bons, olhem para nós como se fossemos tontinhas ou burrinhas ou algo do género... Mas, pelo amor da santa, sejam cavalheiros. Quando virem duas mulheres «em apuros» - traduzindo, duas mulheres com o pneu do carro furado -, ofereçam-se para ajudar.
Foi o que aconteceu hoje. Duas mulheres, pneu furado. E não foram nem um, nem dois, nem três ou quatro ou cinco nobres infantes que não pararam. Que viraram a cara como quem diz «Tralalááá... Não estou a ver nada... Oh pa' mim tão distraídinho...» Não. Nem foram seis, nem sete, nem oito. Estava demasiado ocupada (!!) para os contar, mas foram pelo menos uns dez. Ah, pois. Dez!! Duas mulheres de volta de um pneu (e, consequentemente, de porcas, parafusos, jantes, roscas, macaco, chaves) e dez senhores, pelo menos, que nem olhavam duas vezes. Ou ignoravam ou fugiam. E não me venham com a conversa de que a culpa até é das mulheres, que têm a mania que querem ser iguais. Aposto que nunca ninguém me ouviu exigir igualdade no que toca a mecânica - ou a uma imensidão de outras coisas!
E, no entanto, quando eu já deitava mais fumo que o carro, tinha as mãos repletas de óleo, estava cansada, estafada - mas com a viatura quase quase prontinha a circular -, e depois de emitir uma série de impropérios pouco dignos relativamente ao sexo masculino, eis senão quando apareceram, vindos não sei de onde, dois homens. Prestáveis, ainda por cima! Acabaram de apertar o pneu novo, só, porque o resto já estava feito. Mas ganharam para sempre a minha gratidão. No meio de tanta falta de homens prontos a porem os braços ao serviço de duas donzelas aflitas, apareceram os dois, ofereceram ajuda e salvaram um pedacinho da situação.
Se por acaso aqui chegarem... Obrigada! Espero que tenham noção de que são uma espécie em vias de extinção.
Foi o que aconteceu hoje. Duas mulheres, pneu furado. E não foram nem um, nem dois, nem três ou quatro ou cinco nobres infantes que não pararam. Que viraram a cara como quem diz «Tralalááá... Não estou a ver nada... Oh pa' mim tão distraídinho...» Não. Nem foram seis, nem sete, nem oito. Estava demasiado ocupada (!!) para os contar, mas foram pelo menos uns dez. Ah, pois. Dez!! Duas mulheres de volta de um pneu (e, consequentemente, de porcas, parafusos, jantes, roscas, macaco, chaves) e dez senhores, pelo menos, que nem olhavam duas vezes. Ou ignoravam ou fugiam. E não me venham com a conversa de que a culpa até é das mulheres, que têm a mania que querem ser iguais. Aposto que nunca ninguém me ouviu exigir igualdade no que toca a mecânica - ou a uma imensidão de outras coisas!
E, no entanto, quando eu já deitava mais fumo que o carro, tinha as mãos repletas de óleo, estava cansada, estafada - mas com a viatura quase quase prontinha a circular -, e depois de emitir uma série de impropérios pouco dignos relativamente ao sexo masculino, eis senão quando apareceram, vindos não sei de onde, dois homens. Prestáveis, ainda por cima! Acabaram de apertar o pneu novo, só, porque o resto já estava feito. Mas ganharam para sempre a minha gratidão. No meio de tanta falta de homens prontos a porem os braços ao serviço de duas donzelas aflitas, apareceram os dois, ofereceram ajuda e salvaram um pedacinho da situação.
Se por acaso aqui chegarem... Obrigada! Espero que tenham noção de que são uma espécie em vias de extinção.