25 setembro 2012

23 setembro 2012

(À falta de tudo o resto, ainda me ajudas a escrever umas linhas)

Por uma vez soube que as minhas pedras da calçada eram as tuas, por uma vez soube-nos os passos iguais, soube-nos os metros tão escassos, por uma vez os meus pés caminharam decididos para ti sem nada importar, sem recuos, medos, arrependimentos de última hora ou bloqueios incontroláveis. Por uma vez fui ao teu encontro como se isso não importasse minimamente. E fi-lo precisamente por isso: porque não importa - já não importa. Porque agora o prazer retorcido é meu, porque agora o jogo mudou, o tabuleiro girou e já nada é igual. Fui ao teu encontro precisamente por saber que já não fazia mal. Que encarar-te iria fazer-te mais mal a ti do que a mim. Sei bem a cara que farias; sei bem dos teus fingimentos. Mas precisava de dar de caras contigo. Não pela necessidade de te ver. Não. Era, sim, para provar a mim mesma que o ciclo se fechou, que o mal que me fizeste já não dói. Por isso sei que naquela tarde os meus passos foram os passos certos. Para mim e por mim. Só. No fim de contas, não te vi. Mas soube-te ali, a ti, às tuas conquistas, ao que em tempos prometeste partilhar, e isso foi suficiente. Podia esbarrar em ti. Nada em mim ia mexer. Percebi que, inconscientemente, precisava de dar a mim mesma essa prova. Sabes que mais? Passei. Com louvor e distinção. Podes aparecer-me à frente de todas as formas e em quaisquer circunstâncias. Estou preparadíssima para ti. Já não te sinto. Já não me fazes mal. Já não me fazes nada.

18 setembro 2012

Dos amores.

Apaixonam-se e desapaixonam-se. Há sempre formas diferentes de lidar com os amores dos outros. Desde logo, começa tudo pela forma como nos envolvemos neles – nos amores e nos outros. Depende da história, da posição, do momento, de quem eles são e de quem nós somos, de quem pertence a quem, de um sem-fim de porquês e de quandos e de comos.

Certo, certo é que a nossa vida também se faz desta matéria(-prima). Dos amores e desamores que pairam em redor – os que começam, os que terminam, os que bloqueiam, os serenos, os desalmados, os complicados, os lineares. Os sem fim e os sem princípio. Os das promessas cumpridas e os das mentiras contadas. Os nossos, os dos outros, os de sempre, os de nunca, os próximos, os afastados. Os que quase nos passam ao lado. Os que nem nos tocam. E os que nos trespassam. Para o mal... e para o bem.

[E que isto fique como prólogo. Porque, um dia destes, há mais.]

17 setembro 2012

Desde 17 de Setembro de 1999.

É só para dizer que passaram treze anos. A data nunca fica em branco mas hoje decidi deixar-te umas linhas. Porque a vida deu mil voltas. E porque, entretanto, foram muitos encontros, outros tantos desencontros e a medida certa de encontrões, entre coincidências e palavras certas nos momentos certos pela pessoa certa. Tu. Passou-se de tudo e tu estavas lá. Às vezes de propósito, noutras sem sequer saberes da tua presença ali. Aqui. Cá. Comigo. Sempre.

Mas estavas lá. De uma forma ou de outra, vestindo uma ou outra pele para ti e para mim, estavas, estiveste, continuas a estar e estarás sempre.

Aqui. Cá dentro.