30 novembro 2009

Um bem-haja!

Vá. Acedo. Convenhamos que mexeste ligeiramente com a minha estabilidade. Caramba, depois de tanto tempo é bom sentir uma lufada de ar fresco (fresquíssimo!!), que por acaso veio de ti. Tanta gente que não mexe com nada... Já começava a duvidar de mim própria! Gostei de voltar a sentir a existência de alguém que se distingue dos demais. Juro que até luzinhas me fizeste ver, e não foram de Natal! (Também não foi fogo-de-artificio, que fique claro desde já.) Já lá vai, já se acabou tudo... Somado não foram nem cinco minutos, mas agradeço-te a atenção!

Isto não é nada e vai passar à velocidade com que começou, mas já foi tão terapêutico para a minha cabecinha! (Que,tudo leva a crer, pensa mais do que deve...)

Estiveste bem. Claramente.

24 novembro 2009

Back to the good old times

em que tinha 14 ou 15 anos e estoirava dois terços ou mais do saldo do telemóvel numa noite, a mandar sms's a uma amiga, encontrando-se a minha pessoa toda encolhida debaixo dos lençóis, para a mãe não ver a luz do telemóvel nem ouvir o barulho das teclas.

Coisa maravilhosa. É que não há nada como isto de regressar à adolescência nestes propósitos e com uma amiga que vem desde essa altura.

23 novembro 2009

Desabafo:

É que eu queria tanto que não.

11 novembro 2009

...

Dantes queria falar de ti a toda a gente. Agora, a pouco e pouco estou a transformar-te no meu segredo. Como se te defendesse, te protegesse. És muito especial e partilhar-te com muitas pessoas seria banalizar-te.

10 novembro 2009

...

Imagina uma pessoa, desconhecida, e impossível de ser definida.
Imagina que essa pessoa não te sai da cabeça desde a primeira vez em que a viste.
Imagina que a pessoa te perturba como nunca nada te perturbou.
Imagina que não é amor, paixão, solidariedade, amizade, atracção, choque, sedução, medo. É apenas outra coisa qualquer.
Imagina-te a organizar a tua vida tendo em conta a suposta rotina da pessoa em questão, só porque tens de voltar a vê-la.
Imagina-te a precisar da imagem de alguém como de uma droga.

Imagina a espécie de loucura em que a tua vida parece tornar-se, e sem que tu te importes minimamente, tal é a influência do desconhecido. Imagina o descontrolo sobre as tuas próprias emoções, sobre a tua lucidez.

Esquece. Não tentes imaginar. Não serás capaz.

04 novembro 2009

Questão:

Será que os anjos existem, e, de vez em quando, um deles recebe ordem para descer à Terra e vir encaminhar o(a) seu(sua) protegido(a)?

02 novembro 2009

R

Tu não sabes, mas eu sei que já te escrevi boa parte das palavras que existem no mundo. Sei que já disse e pensei tudo o que tenho para dizer e pensar sobre ti um cento de vezes, de muitas maneiras, e isto apesar de jamais me teres ouvido falar de ti, mas parece que nunca é suficiente. Devo-te muito, devo-te grande parte do que sou e do que sinto, do que decidi e daquilo em que me tornei. É verdade que ficaste para trás - não tive alternativa para além de desistir de ti. (Não te sintas mal, nada aconteceu por tua culpa.) Mas também é verdade que não há dia em que não esvoaces na minha cabeça. És um passarinho que pairará sempre nas minhas ideias. Há um 'e se' que ficou e que dificilmente há-de partir. Continuas a ser, e serás sempre, a pessoa mais especial que alguma vez conhecerei. Nunca ninguém será melhor que tu. Nunca ninguém irá além de ti. Porque não existe ninguém tão especial quanto tu. Tão diferente. Nunca alguém será capaz de salvar os meus dias perdidos como tu um dia o fizeste, e ainda para mais sem imaginares que o fazias. Posso ter-te arrumado no baú, e ter a certeza absoluta (e tenho mesmo!) de que de lá não voltas a sair se não for eu a puxar-te cá para fora; independentemente disso, nunca nada me fará sorrir como tu fazias e fazes (dantes, pelo que eras; agora, pela recordação do que passou). Sempre que adormecer a pensar em ti, vou adormecer tranquila. E é por isso que te digo, com a humildade de quem desistiu porque não valeria a pena continuar (não fiques com remorsos... Tu só me fizeste bem!), que mesmo guardado para sempre no baú, há um lugar que é teu, há um espaço que te pertence. E nunca será de mais ninguém. Há uma parte de mim que só tu ocupas, porque és tudo o que mais quis e tudo o que nunca tive.

Guardei-te para sempre no baú. E não vou abri-lo, está prometido. Mas vou guardá-lo. Depois de muito tempo, agora sei que já não faz mal espreitar lá para dentro de vez em quando! Mais não seja para recordar que um dia, muitos dias, amei, e muito. E, com essa recordação, virá um sorriso... Apenas um sorriso...