20 março 2010

things.

Tu.
Ela.
Tu, outra vez.
Os bilhetes. O comboio. O atraso. A responsabilidade. O câmbio.
Os testes.
O tempo (a falta dele, a bem dizer).
Os caminhos. O desconhecido.

E tu. E ainda tu, mais uma vez.

E um nó que fica na minha cabeça. Que está cada vez mais apertado. Resta saber qual das pontas se solta primeiro... Ou se é preciso sofrer ao ponto de esperar que a corda comece a desfiar.

11 março 2010

Da luta que vou travando.

And it's gonna be a long night,
and I know I'm gonna lose this fight...

Sim, a luta ainda mal começou e eu já a perdi. E não estou a ser derrotista - é a pura verdade. Os muros que construí estão a cair, um a um, à velocidade da luz. Se estalares os dedos, acho que as últimas pedrinhas que ainda estiverem de pé por essa altura vão acabar por ser derrubadas com apenas um sopro.

Estás a ver o meu autocontrolo?...

...

... Puff.

Wake up!

É mais ou menos claro para mim que me odeias. Não... Ódio também é capaz de ser uma palavra forte demais. Digamos que, em português acelerado, não vais com a minha cara. E eu bem tento ir com a tua. Mas não dá. E não é por ciúmes - eu não tenho ciúmes. Mas tu tens disso, pelos vistos. Tu tens ciúmes. E, ao que se vê, não são poucos. E é por isso que me incomodas, até porque a tua atitude é claramente despropositada. E depois tens essa estratégia engraçada (isto é a nota irónica) de te fazeres à pista como quem não quer a coisa... Para provares que és dona absoluta do que te pertence - coisa que, só por si, está mais que clara. Esvoaças, sapateias, pairas em todo o teu esplendor quando estamos todos perto uns dos outros e fazes questão de marcar furiosamente o teu território. Armas-te em parva, portanto. Respira, mulher. Relaxa! De uma vez por todas, acorda para a vida - eu não sou má pessoa, eu não sou uma ameaça, eu tenho dois dedos de testa, eu não quero, de todo, o que é teu. E não quero o que é teu por isso mesmo: porque é teu. Se não fosse, queria. Queria tanto. Mas julgo que não o dei a entender a ninguém (muito menos a ti), porque em boa verdade nem penso no assunto. Ficas a saber que não sou pessoa de me deixar levar pela vontade de ter, totalmente nem muito menos em parte, o que não me pertence.

A coisa é complicada porque volta e não volta tropeçamos uma na outra. Não é confortável para mim nem para ti, ao que parece. E se há dias em que dás tréguas, há outros em que pareces uma leoa cheia de sentimentos de posse. E o ambiente fica miserável... Acho que toda a gente se apercebe. Incluindo ele. Sobretudo ele, aliás.

Um dia destes esse teu jogo ainda se vira contra a criadora... Já pensaste nisso?

10 março 2010

Ai!

Momento alto da noite, e, até ver, do ano: o meu velhinho rádio da cozinha (mas absolutamente vanguardista, como se verá em seguida) está com interferências - ora de uma espécie de pimbalhada emitida a partir de terras de nuestros hermanos, ora de comunicações claramente alienígenas (falta-me perceber se vindas de Marte, Júpiter, ou se é algum humano que ficou pela Lua e está a descobrir as maravilhas do éter com os nativos lá da chafarica lunar).

Não digam que isto não é um momento épico na vida de uma menina da rádio.

(Ah: nada de vir em peregrinação. Aviso já que quero ir dormir e que depois das 23h não abro a porta a ninguém. Isto é uma casa de gente séria. Com ou sem ET's.)