28 dezembro 2008

Sofia e LiLi.

"Gémeas, nós, Lili. Gémeas. E sempre cheias de razão... Duas não se enganavam. 2009 vai ser especial."

25 dezembro 2008

O Natal.

O Natal é a minha árvore. São as minhas bolas e as minhas luzes.
O Natal é a minha sala. O Natal é a minha casa, o meu cantinho.
O Natal é a minha noite. É a minha mesa. São os meus sorrisos de sempre.
O Natal é a minha família.
O Natal é o meu pai, que já cá não está. Mas o Natal vai ser sempre o meu pai.
O Natal é Natal até ao fim, não é só até meio de dia 25.
O Natal é companhia, mas que dura todo o tempo.
O Natal é paz. O Natal não devia acabar depressa. O Natal devia ir acontecendo aos poucos. No Natal, não é suposto chegar a dia 25 e sentir que dia 24 passou sem que nos déssemos conta.
O Natal é quando um homem quiser. Eu sou mulher e quero que o meu recomece já amanhã - para que desta vez possa ser só um bocadinho mais à minha maneira. Para que agora, enfim, possa vivê-lo, dar-me conta dele.
O que me fez falta foi sentir o Natal. Passar dias à espera dele, e, quando chegou, foi como se me passasse ao lado. Nem o senti. O Natal passou por mim e nem parou para me cumprimentar.

Podemos repetir?...

23 dezembro 2008

Natal.

É Natal. Definitivamente!

Claro que as teorias de que o Natal hoje em dia começa cada vez mais cedo têm o seu quê de razoáveis... De repente estamos em Outubro (raça de tempo que passa depressa) e damo-nos conta de um sininho a tocar algures - que não é nem ouco mais ou menos o sino da paróquia. Num simples anúncio soa, nada discreto, um sininho qualquer - ou vários deles, com aquele tão natalício e delicioso TLIM TLIM TLIM TLIM TLIM. E depois admiram-se que eu (e outros que tais) ande a trautear o Last Christmas ou coisa que o valha quando ainda faltam dois meses para o Pai Natal pôr os pés cá em casa. Logo eu, que sou toda natalícia!

Mas enfim. Fora as teorias de que o Natal começou em Outubro - e não é que começou mesmo?! -, é agora que ele está realmente em grande. E, para já, é um alívio saber que chegou a altura em que posso cantar com todo o meu esplendor natalício (fujam que ainda vão a tempo) o Last Christmas. Ou o Have Yourself a Merry Little Christmas. Ou o Little Drummer Boy (santa paciência, esta é das melhores). E posso mesmo deixar a coisa descambar até ao desgosto se me der para (tentar) cantar a Christmas Day, da Dido. Música triste, esta. Mas mesmo assim dá gosto cantá-la. Se me dão licença... "I shall return, for you, my love, on Christmas daaaaay..."

Adiante.

(E, antes que perguntem, sim, eu adoro cantar, faço-o de manhã à noite. E, sim, as músicas de Natal são uma das minhas [várias] perdições. E, não, não canto bem, sobretudo se tiver noção de que alguém me está a ouvir. Mas estou sempre a cantar... E pronto.)

E depois ainda há outros luxos a que me posso dar, já que agora é que é - ou vai sendo - Natal a sério. Posso armar-me em menina e encher os olhos de sonhos... Fazer como fazia quando era pequenina: esperar pelo lusco-fusco e sentar-me em frente à árvore de Natal (que é mais alta que eu, como sempre quis que fosse), quieta, calada. É só isso. Olhar para cada luz, cada bola, e deixar-me estar ali... Com os olhos muito abertos, a alma em paz e aquela sensação de sonho que trago desde criança. Nesta altura posso recuperar esse bocadinho do meu passado. Até posso acreditar no Pai Natal e tudo. Posso mesmo! (Às crianças que por aqui passarem: ele existe. É claro que sim!) E posso pedir-lhe coisas, embora os pedidos agora sejam diferentes (são menos, mas vão dar muito mais trabalho ao pobre velhote!).

E, no meio disto tudo, posso manter a inocência de há muitos anos... Houve aquela altura em que tudo era simples. Perfeito. Era sempre igual e por isso era sempre magnífico. Com o passar dos anos vieram as «reticências», como alguém comentava há uns dias. E eu não sou mentirosa, por isso não vou dizer que essas reticências não passam de pequenos pontinhos que não fazem mossa... Fazem. Claro que fazem. Era sempre tudo da mesma forma, era "assim", simplesmente, e depois há um momento que muda tudo. E é verdade que o Natal que eu conheci nunca mais vai voltar...

Mas não nego que continuo a adorar isto. As reticências ficam. Podem até começar a acumular-se. Mas nada nem ninguém vai apagar os pontos de exclamação que dou sempre a esta época! Por isso, para cada um que por aqui passar, deixo um sorriso que quero que contagie, muitos pontos de exclamação, presentes complicados (daqueles que parece que nunca iremos receber, porque o dinheiro nunca os comprará), músicas de Natal com fartura (todas as que quiserem - eu tento não cantar, prometo), doces (claro, faltava esta parte!)... E deixo o tal olhar sonhador, de menina que sabe que, no fundo, o Natal será sempre, sempre perfeito!

«Have yourself a merry little Christmas, let your heart be light... From now on our troubles will be out of sight...»

22 dezembro 2008

Natalices.

Há gente com sorte. É o caso daquele senhor que todos os anos - TODOS os anos - diz

"'Cause this Christmas will be a very special Christmas for me..."

Com a agravante de que diz isto não sei quantas vezes durante uma simples semana. É Natais especiais a torto e a direito, todos os anos. Passa a vida a falar do "very special Christmas"... Deve ser mesmo feliz, o senhor.

Pode ser que este ano eu também tenha o meu "very special Christmas". Será?

(Se tiver, prometo que no próximo Natal me vão ouvir algures num centro comercial, numa rádio ou no cabeleireiro lá do bairro a cantar a dita musiquinha.)

17 dezembro 2008

Recapitulando (lê devagar, para perceberes):

Eu

Não

Tenho

«Parva»

Escrito

Na

Testa.

OK? A ver se esclarecemos isto de uma vez. Olha que paciência não abunda por estes lados. Vai na volta e ainda digo mais do que devo - e aí tu ouves mais do que queres. E isso é uma grande chatice... Por isso vê lá se arrumas essa cabeça de vez, que eu, agora mais do que nunca, não tenho feitio para isto.

O meu contributo para a Nicola.

Um dia caio para o lado.

Hoje é o dia.

14 dezembro 2008

Consolidação.

E se um dia destes acordarem com uma ligeira leveza de espírito que vos mostra, nitidamente, que mudaram? Há dois ou três dias acordei assim - com essa tão confortável sensação de que mudei. Sabe-se lá porquê... Mas é um facto que, pensando e repensando, hoje tenho pouco ou nada a ver com quem era há dois anos, há dois meses ou mesmo há duas semanas, sem dúvida alguma. Nem é preciso pensar muito para perceber que muita coisa aqui dentro foi ao lugar. Sabem aquela frase cheia de sabedoria anciã... "O que não nos mata torna-nos mais fortes"? Pois fiquem também a saber que há poucas verdades tão absolutas quanto esta.

E, enfim, digamos que é um alívio que seja assim. Tudo mais ou menos arrumadinho, a menina cresceu (ainda mais!). Sinto-me... consolidada!
Não me custa nem um bocadinho desfazer-me de ti. Aliás: já me desfiz.

(Ai, que eu dava sei-lá-o-quê para ver a tua carinha de escândalo e de "Oh-Minha-Nossa-Senhora-Como-É-Que-Isto-Pode-Ser-Possível" nesta altura. Quando leres isto chama-me, pelo amor de Deus, que eu não quero perder o espectáculo.)

12 dezembro 2008

Chovia.

Hoje de manhã estava a chover. E eu estava a ouvir música. Primeiro pensei «Não tenho chapéu e isto vai correr mal». Depois, logo a seguir, pensei - melhor, vi - que a chuva pingava precisamente ao ritmo do que eu estava a ouvir.

E depois parou de chover...

08 dezembro 2008

Planos - parte dois.

Acrescem o Miguel R. e o Hugo M., que também estão de alma e coração nesta "cruzada BB".

E vão cinco! Gosto de ver esta motivação, esta união em torno de uma causa comum (mas que, no fundo é tão minha).

Planos.

A Ana E. está pronta a avançar com o plano do século (mais uma que fica com a cabeça às voltas). E eu avanço com ela, pois claro! Afinal de contas, há aqui muita coisa em jogo que eu quero que seja minha - perdoem-me a franqueza. Quanto à outra Ana, a Annie, essa também já anda a fazer planos.

Parece que estamos todas a levar isto muito a sério! Três de nós a congeminar... O mote é o mesmo, os meios são ligeiramente diferentes, mas o objectivo, claro está, não poderia ser outro.

É o BB. Tudo, de repente, está a girar em volta do BB. É o eixo da estória. E um eixo bem jeitoso, por sinal!

06 dezembro 2008

A quem a carapuça servir.

Ora bem,

Vale a pena começar por dizer que estou ligeiramente enervada/ desapontada. De avanço, desculpem lá qualquer coisinha. E para não perder tempo digo desde já que nada é mais doce que chocolate, a não ser as palavras ditas por quem as sente, o que claramente não é o caso.


Depois, gostava de partilhar convosco que tenho cá para mim que não é de bom tom dar as coisas por conquistadas... Sei lá, não é bonito! E algo me diz que o resultado disso acaba por ser perdê-las mais depressa, e às vezes faltava "um bocadinho assim" para as ter, e de caras!

Isto para, finalmente, dizer que não me recordo de me terem acusado, nalgum momento da minha vida, de ter a chamada cara de parva. E é também por isso que fico a pensar por que carga de água julgam algumas pessoas que me dão a volta com meia dúzia de falinhas mansas! E para a pessoa que despoletou este meu súbito rabisco em tom ligeiramente enervado, é bom que não pense que é mais forte que eu. Tenha os argumentos que tiver - e reconheço que não faltam -, nunca há-de ser mais forte que eu. Muito se engana, se pensa que sim! Isto não é um jogo, lamento a desilusão que possa causar, e mesmo que fosse, era eu quem o ganhava.

E tenho-o dito.

E acabou-se a conversa.

05 dezembro 2008

Elas.

Elas vão juntas à casa de banho - isto é uma verdade científica, não é um mito urbano, de certeza. Elas têm conversas só delas, que nenhum deles alguma vez vai conseguir perceber na totalidade. E como diz a mini Annie, a Annie sempre feliz - ou não -, elas escrevem as sms's em conjunto. Escrevem e-mails em conjunto. Planeiam tudo em conjunto, até ao mais ínfimo pormenor (por muito estranho que isto seja para a cabeça deles). "O que é que eu lhe digo agora?", "Respondo ou não respondo?", "Puxo conversa ou espero e ele que fale comigo se quiser?"... Questões aparentemente simples mas que se revestem de uma profundidade absolutamente agreste quando duas ou três ou mais delas se põem de volta destes assuntos. E dissertam, e falam. Mandam bitaites, dão conselhos, passam dois minutos ou duas horas à volta do mesmo berbicacho. Conclusões? Só às vezes...

É complicado, isto, é.

04 dezembro 2008

O fim do mundo.

E há um silêncio pesado nas ruas como se o mundo fosse acabar. Só se ouvem carros e buzinas, e um alarme lá ao fundo, ao fundo, mas que é tão forte que se ouve bem longe. O céu fecha-se sobre nós, nevoeiro, neblina. É mais claro que o chão, as nuvens são tão baixas que reflectem a luz da cidade como se por cima das nossas cabeças estivesse não o céu, mas um tecto acastanhado. Tudo isto tem qualquer coisa de claustrofóbico. Todos parecem conformados com este cenário de fim do mundo (é verdadeiramente dantesco), e eu aparentemente sou a única apanhada de surpresa.

Podiam ter-me avisado. Se isto por acaso não acabar tudo hoje... Se o mundo não acabar desta vez... Não se esqueçam, avisem-me para a próxima! É que ainda há umas coisas que eu queria fazer antes.

03 dezembro 2008

Nos Verões antigos...

... o que me importava era o vento na cara, o nada fazer, os fins de tarde com cheiro a calor, as brasas no fogareiro, um dia seguinte tão tranquilo como o que estava a acabar. Não havia mais nada. Pode parecer pouco... Mas eu era tão feliz. E agora, anos depois, há momentos em que chego mesmo quase a sentir tudo aquilo, outra vez. Uma consolação simples, uma tranquilidade tão pura e plena de quem tinha tanto em tão pouco, e não se dava conta.

Mas tudo isto traz consigo algo mais... Uma pontinha de sabor amargo, o "agridoce" da nostalgia. Saudades de algo que nunca voltará, porque o mundo e o sítio e as pessoas mudaram. Tempos que não voltam a ser vividos, situações e sensações que ficaram irremediavelmente para trás.