03 dezembro 2008

Nos Verões antigos...

... o que me importava era o vento na cara, o nada fazer, os fins de tarde com cheiro a calor, as brasas no fogareiro, um dia seguinte tão tranquilo como o que estava a acabar. Não havia mais nada. Pode parecer pouco... Mas eu era tão feliz. E agora, anos depois, há momentos em que chego mesmo quase a sentir tudo aquilo, outra vez. Uma consolação simples, uma tranquilidade tão pura e plena de quem tinha tanto em tão pouco, e não se dava conta.

Mas tudo isto traz consigo algo mais... Uma pontinha de sabor amargo, o "agridoce" da nostalgia. Saudades de algo que nunca voltará, porque o mundo e o sítio e as pessoas mudaram. Tempos que não voltam a ser vividos, situações e sensações que ficaram irremediavelmente para trás.

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