31 janeiro 2011

"There's a fire starting in my heart."

Não gosto disto. Não gosto de arrependimentos quando só fiz o que parecia certo. E nem é que me arrependa, porque na altura fez sentido. Mas de vez em quando, muito de vez em quando, dou por mim a sentir-me estúpida por toda a energia gasta, por todo o empenho, pelas mil e uma tentativas que, vejo agora, nunca poderiam ter levado a nada. Parecia que sim, e foi por isso que me permiti fazer tudo o que fiz. Isto não é arrependimento. É só uma sensação de estupidez que está a chegar-me à flor da pele.

Agora está tudo tão morto quanto pode estar, mais morto do que alguma vez esteve. E quanto mais aumentam as cinzas, mais feias são. Não reconheço nada. Nem sei bem o que te diga... És uma desilusão. Dia a dia, feres mais um bocadinho. Mas já não é ferida, já nem é bem dor. É desapontamento, isso sim. Cada vez vais merecendo menos e menos de mim... Gostava que sentisses, bem no fundo, as consequências de seres assim como és. Mas acho que o teu coração não tem tamanho suficiente para que te custe causar dor a outras pessoas, mesmo que o faças sem querer. 

Sabes uma coisa? Não valeste mesmo a pena. 

*** 

(Adele. Rolling in the Deep.)

There's a fire starting in my heart
Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark

Finally, I can see you crystal clear
Go ahead and sell me out and I'll lay your ship there
See how I leave, with every piece of you
Don't underestimate the things that I will do

There's a fire starting in my heart
Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark

The scars of your love remind me of us
They keep me thinking that we almost had it all
The scars of your love, they leave me breathless
I can't help feeling...

We could have had it all (You're gonna wish you never had met me)
Rolling in the deep (Tears are gonna fall, rolling in the deep)
You had my heart
inside of your hand (You're gonna wish you never had met me) 
And you played it to the beat (Tears are gonna fall, rolling in the deep)

(...)


[You're gonna wish you never had met me.]

28 janeiro 2011

Stop.

É uma coisa que não se percebe. Uma pressa em tudo o que acontece. Demorou e agora sinto-me a perder o fio à meada. Sempre fui assim. Assusta-me ver o mundo a girar demasiado depressa. Quando acelera, eu paro. Como se algo me impedisse de seguir caminho. Eu quero. Quero muito. Mas há sempre algo em mim que trava.
E está tudo trocado, também. Nada é como devia ser. As peças nem encaixam ao ponto de, por uma vez, o planeado acontecer. Se ao menos eu pudesse ter essas peças na mão, por um instante... Estou farta de que me troquem as voltas.

27 janeiro 2011

Partida.

Vamos fazer-nos ao caminho para fora daqui.
Não, a sério.
Vá, anda daí.
Vamos esquecer isto tudo, desistir do que não interessa, deixar para trás o que nos faz mal e procurar o horizonte. Esticar a mão até conseguirmos tocá-lo.
Vem. Dá-me a mão com que vais tocar o que aparecer lá à frente e vem comigo. Vamos fugir, Que isto não é o que queremos, não é o que nos faz bem. Já nem somos felizes, e quando assim é, é porque algo já falhou. Não vamos insistir no que não tem salvação. Vamos, sim, em busca da vida nova. Não tenho um plano nem nada que se pareça, mas vamos simplesmente embora e depois pensamos no resto.
Achas que pode ser assim? Nem que seja só por hoje... Ou para sempre...

20 janeiro 2011

O meu contributo para a Psicologia.

Inconsciente: é uma coisa muito estúpida que reage a estímulos que nem deviam chegar a sê-lo (mas é óbvio que, inconscientemente, o são), e que ameaça a estabilidade de mentes esclarecidas com o poder que tem de ferir corações idiotas.

14 janeiro 2011

Wise words.

Passion and silence,
Every word, every rhyme a measure,
It's the science of the soul
.


Equívocos. Ou aldrabices.

Não sei se as pessoas são cegas ou mentirosas. Mas, seja qual for o motivo, vivam enganadas ou queiram enganar os outros, a verdade é que, pasme-se, demonstram um profundo orgulho em serem o que na realidade não são.

13 janeiro 2011

Do passado.

A verdade é que vou lendo o que aqui ficou, lá para trás, há mais de um ano, há mais de dois, e apercebo-me de que o tempo está a passar demasiado depressa e eu não estou a saber agarrá-lo como quero. De repente passaram mais de dois anos. E, por esta altura, muitas coisas já deviam ser diferentes. O tempo passou. E, com ele, boa parte do que se passou não deixou a marca certa.

12 janeiro 2011

Apraz-me dizer

que não sou um brinquedo. Que não sirvo só para de vez em quando. Que sou muito mais do que pensas.
E que, em tudo o que sou, "massagista de egos" não é função incluída.

Percebeste?

06 janeiro 2011

Máxima.

Melhor que seja mesmo assim. É bom que tudo, de facto, aconteça como, quando e porque tem de acontecer. Estou a tentar fazer desta a minha máxima nestes dias, para justificar certas decisões complicadas que talvez se avizinhem. Depois delas, nada será como dantes.

Mas... Tanto frio na barriga. Apesar da máxima, apesar de tudo... Tanto frio.

02 janeiro 2011

So sorry.


Lamento. De verdade. Mas é por mim que o faço. Achar que era tudo valioso, que era tudo importante. Achar que, à falta de futuro, havia algum significado no presente. E que o passado não ficava lá longe, escondido e esquecido.

Lamento o meu profundo engano. Só eu sei quanto.

01 janeiro 2011

2011.

A minha resolução de ano novo não foi uma resolução, foi uma desistência banhada a lágrimas. "Perdi." Desisto.