20 fevereiro 2013

Anos depois.

No fim do amor, fica a ternura. No fim da rua fica o infinito.

No fim das saudades fica a nostalgia, no fim dos dramas fica a compreensão. No fim das lágrimas há sempre um sorriso.

No fim da agitação, fica a tranquilidade. No fim do passado, fica o presente.

E fica o futuro, também. Todo ele. Todo novo.

15 fevereiro 2013

Sempre.

Just like on the day we met
You pulling on me like a cigarette

13 fevereiro 2013

No Dia Mundial dela.

Não consigo escrever sobre rádio. Não consigo. Nunca consegui. Nada sai bem. Não sei por onde comece nem como acabe. Falta sempre tudo – menos assunto. Assim que tento organizar duas ou três frases, as ideias atropelam-se e percebo que nunca vou saber escrever sobre isto. Sou incapaz de agarrar as pontas soltas e de fazer delas qualquer coisa que se aproveite. Nos grandes amores (não há amores pequenos, mas alguns são maiores do que outros), as recordações são muitas e as emoções são ainda mais. E esta é uma história que começou há pouco tempo mas que já não tem fim, onde não faltam personagens, cenários, vozes e enredos. Tudo, claro, acompanhado de uma extensa banda sonora... e condensado no símbolo absoluto e mais simples: a luz vermelha que separa o mundo real daquele que se cria lá dentro, só nosso e de quem acolhemos nele.

Não sei se tenho jeito para a rádio, mas, seguramente, a rádio tem um jeito especial para mim.



12 fevereiro 2013

A delicadeza de mãos e de gestos com que se molda o que se faz do amor e com amor. A doçura posta em palavras e no silêncio. Suavidade e ternura, pormenor a pormenor. Devagarinho. As músicas certas. No que é e no que se tenta. Na procura e no encontro. Viagem pé ante pé e com pezinhos de lã. Delicadamente.
"Os sentimentos que mais doem, as emoções que mais pungem, são os que são absurdos - a ânsia de coisas impossíveis, precisamente porque são impossíveis, a saudade do que nunca houve, o desejo do que poderia ter sido, a mágoa de não ser outro, a insatisfação da existência do mundo. Todos estes meios tons da consciência da alma criam em nós uma paisagem dolorida, um eterno sol-pôr do que somos."

Bernardo Soares - "Livro do Desassossego"

09 fevereiro 2013