22 fevereiro 2009

Aos Homens Deste País.

Façam-me um favor: sejam preguiçosos, armados em bons, olhem para nós como se fossemos tontinhas ou burrinhas ou algo do género... Mas, pelo amor da santa, sejam cavalheiros. Quando virem duas mulheres «em apuros» - traduzindo, duas mulheres com o pneu do carro furado -, ofereçam-se para ajudar.

Foi o que aconteceu hoje. Duas mulheres, pneu furado. E não foram nem um, nem dois, nem três ou quatro ou cinco nobres infantes que não pararam. Que viraram a cara como quem diz «Tralalááá... Não estou a ver nada... Oh pa' mim tão distraídinho...» Não. Nem foram seis, nem sete, nem oito. Estava demasiado ocupada (!!) para os contar, mas foram pelo menos uns dez. Ah, pois. Dez!! Duas mulheres de volta de um pneu (e, consequentemente, de porcas, parafusos, jantes, roscas, macaco, chaves) e dez senhores, pelo menos, que nem olhavam duas vezes. Ou ignoravam ou fugiam. E não me venham com a conversa de que a culpa até é das mulheres, que têm a mania que querem ser iguais. Aposto que nunca ninguém me ouviu exigir igualdade no que toca a mecânica - ou a uma imensidão de outras coisas!

E, no entanto, quando eu já deitava mais fumo que o carro, tinha as mãos repletas de óleo, estava cansada, estafada - mas com a viatura quase quase prontinha a circular -, e depois de emitir uma série de impropérios pouco dignos relativamente ao sexo masculino, eis senão quando apareceram, vindos não sei de onde, dois homens. Prestáveis, ainda por cima! Acabaram de apertar o pneu novo, só, porque o resto já estava feito. Mas ganharam para sempre a minha gratidão. No meio de tanta falta de homens prontos a porem os braços ao serviço de duas donzelas aflitas, apareceram os dois, ofereceram ajuda e salvaram um pedacinho da situação.

Se por acaso aqui chegarem... Obrigada! Espero que tenham noção de que são uma espécie em vias de extinção.

19 fevereiro 2009

Ora bem...

Sou só eu que acho um contra-senso estar um carro avariado no Alto da Boa Viagem?

16 fevereiro 2009

Carta aberta.

Ao homem da minha vida,

Sejas lá tu quem fores, de certeza que mereces, precisamente por seres o homem da minha vida (oculto, mas enfim), umas palavrinhas bonitas da minha parte.

Estas não fui eu a escrever - quem dera! As boas ideias foram deles. Que, diga-se de passagem, têm tido muitas ideias geniais ao longo do tempo. E é um tesouro, esta música.

Atenção... Faça-se silêncio... E aqui vai disto: Get to Me.

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Well an airplane's faster than a Cadillac,
And a whole lot smoother than a camel's back,
But I don't care how you get to me...
Just get to me.

Parasail or first class mail,
Get on the back of a Nightingale,
Just get to me, I don't care, just get to me...

Prokeds, mopeds take a limousine instead,
They ain't cheap but they're easy to find.
Get on the highway, point yourself my way,
Take a roller coaster that comes in sideways,
Just get to me... Yeah

Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...

Or maybe you could pollinate over the Golden Gate,
Take a left hand turn at the corner of Haight,
And then a sharp right at the first street light,
And get yourself on a motor bike...

And if you think you'll get stuck in a traffic jam,
That's fine, send yourself through a telephone line,
It doesn't matter how you get to me...
Just get to me.

'Cause after every day,
The wind blows the night time my way,
And I imagine that you are above me like a star.
And you keep on glowing,
And you keep on showing me the way...
Shine, shine, shine...

Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...


Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...


And I got everything, with you, everything...
And I got everything, with you, everything...

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Sim. Deixa-me apenas descobrir-te, homem da minha vida, e prometo-te que chego a ti custe o que custar, de uma maneira ou de outra...

Nem que seja preciso "enviar-me" «through a telephone line».



(Sou só eu que às vezes acho que certas letras e músicas foram escritas especialmente para mim? Para se adequarem às minhas ideias, ao meu feitio e aos meus sonhos?)

14 fevereiro 2009

A caminho de lado nenhum.

We're on a road to nowhere...


... Come on inside!

05 fevereiro 2009

Denso e cerrado.

Há alguma coisa de mal, pergunto eu, em gostar dessa redoma claustrofóbica mas tão agradável chamada nevoeiro? Não ver nada de nada de nada à minha volta, de momento que não esteja dentro de um carro, tem qualquer coisa a ver com a maior paz do mundo. Parece que estar enclausurada em vapor absorve o que vai dentro de mim. Fico... em vácuo!

E isso não tem nada, nada de mal.

01 fevereiro 2009

Só.

Há momentos em que estou rodeada de gente que sei que gosta muito de mim, e de quem eu também gosto muito, e, no meio de qualquer tarefa absolutamente insuspeita, há um aperto no meu peito - chamado solidão. Tanta gente à minha volta que sei que me adora, e eu sentir-me assim, tão, tão só.