04 dezembro 2008

O fim do mundo.

E há um silêncio pesado nas ruas como se o mundo fosse acabar. Só se ouvem carros e buzinas, e um alarme lá ao fundo, ao fundo, mas que é tão forte que se ouve bem longe. O céu fecha-se sobre nós, nevoeiro, neblina. É mais claro que o chão, as nuvens são tão baixas que reflectem a luz da cidade como se por cima das nossas cabeças estivesse não o céu, mas um tecto acastanhado. Tudo isto tem qualquer coisa de claustrofóbico. Todos parecem conformados com este cenário de fim do mundo (é verdadeiramente dantesco), e eu aparentemente sou a única apanhada de surpresa.

Podiam ter-me avisado. Se isto por acaso não acabar tudo hoje... Se o mundo não acabar desta vez... Não se esqueçam, avisem-me para a próxima! É que ainda há umas coisas que eu queria fazer antes.

1 comentário:

  1. O fim está próximo ou pelo menos é o princípio do fim.

    (O regresso a Portugal deixou-me com saudades de Londres. Estou a pensar arranjar um poiso por lá dentro de 2 anos)

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