09 maio 2011

Eu sei que a culpa está longe de ser tua.

Mas assim não dá. Apareceres destas maneiras pode não ser pecado teu mas também não é meu, e estraga tudo. Dou passos e mais passos para longe… E para quê? Para voltares às minhas noites de olhos fechados? Aos meus sonhos? Ainda para mais assim, como voltaste?

Não podias ser mais discreto, mais calmo, menos impetuoso? Menos tu?

É absurdo. Absolutamente absurdo.

Sai. Sai, sai, sai daqui! Estou farta. Não ando a caminhar todos os dias para em poucos instantes me puxares de volta ao início da estrada.

2 comentários:

  1. "Para voltares às minhas noites de olhos fechados?"
    Amei.
    É difícil comentar-te ultimamente...porque a tua escrita mantêm-se sublime, mas a mensagem encaixa sempre perfeitamente em nós...podemos amá-la por nos darem algum tipo de reconforto ("não estamos sozinhos") ou odiá-la ("existem outros a 'sofrer' o mesmo).
    Contudo tem de te dizer que tenho lido todas as tuas escrituras, sem falhar, e se não as comento é pelo que já expressei em cima.

    E esta frase exprime e resume o total do real:
    "Não ando a caminhar todos os dias para em poucos instantes me puxares de volta ao início da estrada." Lindo.

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  2. Juro que agora me deixaste sem palavras... Só consigo dizer Obrigada! Um beijinho grande, grande *

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