01 julho 2011

(Quase) Um.



A calçada matinal debaixo dos pés sempre, sempre apressados. A vista da viagem feita quase diariamente de pé. A luz cá fora. O caminho — que se fará para sempre de olhos fechados, porque há sítios que são nossos, como partes integrantes do nosso corpo, e não nos perdemos lá porque não temos como nos soltar deles.

A porta. As vozes. Os sorrisos. Os bons dias e os olás. Os cheiros. As rotinas, as correrias, as piadas, os prazeres.

As gargalhadas. Os abraços.

Os dias.

A vida.

As pessoas.

O que pairava. Porque há coisas que ficam no ar, que pairam. Flutuam. Não se agarram, embora pareçam palpáveis de tão concretas. Sentem-se. Apenas isso.

"Há um ano atrás, por esta altura, era tudo tão diferente."

Tal como escrevi no outro cantinho digital, um brinde às boas recordações, ao passado para sempre tão doce, e a quem dele ficou para o futuro.

1 comentário:

  1. Como isso é verdade! Meu deus, quantas vezes já ousei pensar nessa pequena frase, aliás...Quantas vezes já me atrevi a proferi-la em voz alta...
    Algumas dessas vezes foram acompanhadas por um sorriso que viu o tempo a passar veloz e não se importou porque sobram sempre as memórias; outras, foram apenas brindadas com as lágrimas que a mágoa trouxe para ficar. O tempo passa e nós sempre a querer atrasa-lo; sempre a desejar gravar momentos, para sempre. Amei *

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