15 setembro 2011

Coisas muitas e uma coisa muito minha.

Consciente que estou do risco que corro de que a partir deste momento duvidem da minha sanidade...

A NASA está a montar um novo foguetão. O maior de todos. Querem pousar em Marte em 2017, sem gente. E querem pousar outra vez, mas com gente, em 2030.

E eu aqui, cabeça literalmente na Lua, com isto a mexer-me com o sistema. A fazer contas para perceber que em 2030 já passei dos 40. E nem pensar em dar ouvidos às vozes dos outros e à que se forma na minha cabeça, no cantinho racional, a dizerem "que disparate". Sonhar não faz mal, é remédio de graça, e sempre tive este apelo em mim (que, em boa verdade, nunca entendi muito bem).

É como se houvesse um pedacinho meu perdido pelo espaço. Uma tirinha de alma, talvez, que chama por mim lá de algum lado e que eu preciso de alcançar. Misturo ciência e fé numa confusão sem lógica nenhuma, num perfeito e absoluto disparate, num delírio que nem para mim faz sentido ― mas que é a única maneira de explicar (ou não) esta minha vontade, este desejo íntimo, interior e desesperado de pôr o pé em qualquer coisa que me projecte até à Lua.

Ou até Marte.

Queria tanto. Tanto.

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