mandam mais em nós do que nós. A corda que nos une só nos foge das mãos. Seguimos em lados opostos. Sempre em movimento, afastamento constante e irreparável. Sem volta a dar-lhe – ao caminho e às escolhas que fizemos sem querer, porque tanto podiam ser aquelas como quaisquer outras. O verdadeiro jogo de sorte ou azar é a vida. Não sabemos o que fazer, porque tudo faz sentido e ao mesmo tempo nada faz sentido nenhum; da (in)decisão nasce a (in)consequência. No fim de contas somos apenas seres básicos que seguem os instintos mais errados e os impulsos mais certos. Mas sempre na mais eterna das dúvidas. Depois, dados lançados… e morrer assim. Na praia. Sem aparato, sem nada do que se devia sentir. Sem perguntas, respostas, descobertas. Só remorsos, angústia e frio cá dentro. Um rombo, uma pancada seca, e assim se fica. Para sempre à margem e na margem do que era (tanto) para ter sido.
"Para sempre à margem e na margem do que era (tanto) para ter sido."
ResponderEliminarNem fazes ideia de como esta última frase faz sentido, nestes últimos tempos.