Há um gostinho especial nos regressos ao passado. Sem tristezas. Só com a nostalgia boa das recordações que ficam para uma vida inteira. Saber daqueles a quem se passou o testemunho. Deste lado a vida seguiu e do lado de lá está a começar. E o passado e o presente fundem-se assim. Entre quem já passou a fronteira e os que pacientemente aguardam do outro lado, com mil perguntas sobre o bilhete, sobre a viagem, sobre o futuro. Entre os medos de um lado e os sonhos teimosos do outro. Entre as ilusões do antes e a realidade do depois - mágica, também, ainda que de um modo diferente.
E há um frenesim inevitável que se apodera de nós perante a possibilidade de, no presente, regressar ao passado enquanto se dão os retoques finais no futuro.
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