(Título fora do contexto «Mr. Collins», como dentro em breve será óbvio.)
Pois. É oficial que me perturbaste. Aliás, fizeste-o e à valente! Isto parece um livro, ou o argumento de um filme. Até eu - parece que estou numa realidade paralela. Não sei o que me deu, mas quando te vi senti algo parecido com
O pior é que de baralhada não passo. Se olhares para mim, ou melhor, se os nossos olhares se cruzarem, juro que me cai o mundo todo aos pés em meio segundo, não sei se de embaraço se de confusão.
Nem sonhas, mas a verdade é que, desde aquele dia, não houve nenhum outro em que não fizesse esta pergunta, em que não pensasse em ti e em que não te procurasse em cada cara... Em cada autocarro... Nem sei bem porquê a esperança, mas a verdade é que a mantive, e hoje, quando te vi... Bom, confesso que podia ter-me sentado, mas preferi fazer a viagem de pé a perder-te de vista. (Verdade seja dita que mal olhei para ti, mas adiante.) Ia mesmo, mesmo para me sentar, mas quando te vi TIVE de voltar atrás. Foi mais forte que eu. Acho que preciso (e perdoa-me tamanho egoísmo!) de qualquer coisa vinda de ti e que ajude a esclarecer o imbróglio (não leves a mal) que tu és. Claro que dificilmente vou ter respostas... A tua voz não me vai chegar, o teu perfume também não... Talvez o nome ajudasse, mas não tenciono perguntar-to, nem muito menos serei capaz de meter conversa e de a levar a um ponto tão... pessoal.
E, já que estou em maré de confissões...
Sim. Saí uma paragem à frente da que era suposta. (Já estou corada até à raiz dos cabelos.) Decidi-me a 'ir atrás' de ti, pedindo a todos os santinhos que não morasses no fim da carreira, senão ia ser um problema para chegar a casa em tempo útil. (Mas se vivesses muito longe, eu desistia, a sério que sim. Não ia atrás de ti até ao fim... Acho eu.) Felizmente, saíste logo na paragem depois da minha, e eu segui-te os passos. Porquê? Nem eu sei! Por certo não estava a pensar entrar em tua casa e coscuvilhar-te as gavetas, nem me passou pela cabeça ir fazer perguntas aos teus vizinhos. Fui atrás de ti (só durante um bocadinho, depois voltei à minha rota habitual)... porque sim. As perguntas são imensas. E eu não tenho NADA a ver com as respostas, sei disso muito bem. Mas isto perturba-me de tal maneira que me socorro de todas as ferramentas ao meu alcance, ainda que despropositadas ou, pior, completamente inúteis.
Não me viste. Acho que nem deste por nada - felizmente.
Desculpa. Desculpa, desculpa, desculpa. Mas vou tentar apanhar este autocarro mais vezes... Não descanso enquanto não souber alguma coisa sobre ti. (Não faço ideia de como é que isso pode acontecer, mas logo se verá.) É superior a mim. Não controlo isto. Não tenho por hábito alterar a paragem onde saio nem pensar dia-após-dia-após-dia no reencontro com alguém que nem conheço...
... Mas hás-de convir que o teu caso é diferente.
Pois. É oficial que me perturbaste. Aliás, fizeste-o e à valente! Isto parece um livro, ou o argumento de um filme. Até eu - parece que estou numa realidade paralela. Não sei o que me deu, mas quando te vi senti algo parecido com
Ora muito bem, vamos lá então voltar ao filme de outro dia para ver se as coisas se resolvem na minha cabeça.
O pior é que de baralhada não passo. Se olhares para mim, ou melhor, se os nossos olhares se cruzarem, juro que me cai o mundo todo aos pés em meio segundo, não sei se de embaraço se de confusão.
Quem és tu?
Nem sonhas, mas a verdade é que, desde aquele dia, não houve nenhum outro em que não fizesse esta pergunta, em que não pensasse em ti e em que não te procurasse em cada cara... Em cada autocarro... Nem sei bem porquê a esperança, mas a verdade é que a mantive, e hoje, quando te vi... Bom, confesso que podia ter-me sentado, mas preferi fazer a viagem de pé a perder-te de vista. (Verdade seja dita que mal olhei para ti, mas adiante.) Ia mesmo, mesmo para me sentar, mas quando te vi TIVE de voltar atrás. Foi mais forte que eu. Acho que preciso (e perdoa-me tamanho egoísmo!) de qualquer coisa vinda de ti e que ajude a esclarecer o imbróglio (não leves a mal) que tu és. Claro que dificilmente vou ter respostas... A tua voz não me vai chegar, o teu perfume também não... Talvez o nome ajudasse, mas não tenciono perguntar-to, nem muito menos serei capaz de meter conversa e de a levar a um ponto tão... pessoal.
E, já que estou em maré de confissões...
Sim. Saí uma paragem à frente da que era suposta. (Já estou corada até à raiz dos cabelos.) Decidi-me a 'ir atrás' de ti, pedindo a todos os santinhos que não morasses no fim da carreira, senão ia ser um problema para chegar a casa em tempo útil. (Mas se vivesses muito longe, eu desistia, a sério que sim. Não ia atrás de ti até ao fim... Acho eu.) Felizmente, saíste logo na paragem depois da minha, e eu segui-te os passos. Porquê? Nem eu sei! Por certo não estava a pensar entrar em tua casa e coscuvilhar-te as gavetas, nem me passou pela cabeça ir fazer perguntas aos teus vizinhos. Fui atrás de ti (só durante um bocadinho, depois voltei à minha rota habitual)... porque sim. As perguntas são imensas. E eu não tenho NADA a ver com as respostas, sei disso muito bem. Mas isto perturba-me de tal maneira que me socorro de todas as ferramentas ao meu alcance, ainda que despropositadas ou, pior, completamente inúteis.
Não me viste. Acho que nem deste por nada - felizmente.
Desculpa. Desculpa, desculpa, desculpa. Mas vou tentar apanhar este autocarro mais vezes... Não descanso enquanto não souber alguma coisa sobre ti. (Não faço ideia de como é que isso pode acontecer, mas logo se verá.) É superior a mim. Não controlo isto. Não tenho por hábito alterar a paragem onde saio nem pensar dia-após-dia-após-dia no reencontro com alguém que nem conheço...
... Mas hás-de convir que o teu caso é diferente.