04 abril 2011

Sentir.

Há assim um dia ou outro em que cais em mim e me fazes sentido. Um dia em que a tua marca volta a notar-se, em que a ferida, ou o que lhe queiras chamar (porque 'ferida' talvez não seja a palavra certa), volta a sentir-se. Um dia em que volto a escrever-te do fundo da alma. E tudo se sente, nesse dia. No sentido mais sensível de sentir.

E tudo volta ao pensamento.

A curva do teu pescoço.

A certeza de que nunca por nunca te vou esquecer por completo - porque nunca por nunca sairás por completo de dentro de mim.

E a vontade de te dizer verdades. Sendo que uma delas é que, lá bem no fundo, sinto a tua falta, e, sobretudo, a falta do que éramos para ser mas afinal não fomos. Estivemos tão perto. E, no fim, ficámos tão longe. E a outra verdade é que ainda estás em tantas músicas. Tantas letras. Tantos sítios. Estás nos momentos mais impensáveis. Nos detalhes mais mínimos, mais estúpidos.

Sou tonta ao ponto de guardar pormenores que sei que esqueceste no dia em que nasceram.

"In the stillness of remembering what you had and what you lost...
(...)
Players only love you when they're playing..."

2 comentários:

  1. "Sou tonta ao ponto de guardar pormenores que sei que esqueceste no dia em que nasceram." Mas há outros pormenores que se calhar ficaram na outra pessoa e que são igualmente importantes. Tudo deixa marcas.... menos as lágrimas... já dizia a Tina :(

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