A distância faz-se do tempo certo para arrumar ideias. O silêncio nasce dos dias que fazem falta para me encontrar no meio de tanto e de tantos. Para me descobrir entre despedidas, fins, novidades e palavras saborosas como 'reencontro' e 'regresso'. Palavras incertas e doces como 'futuro'. A redescoberta de sítios, de caminhos, de cheiros. De vozes e de sons. De sensações. O físico e o psicológico de volta a tudo o que se julgava perdido.
É isto. O silêncio é isto. É não conseguir acreditar em nada de tão inesperado que é e de tão impossível que parecia. É não ter palavras para as voltas da vida nem para o que se segue. É esperar para ver - porque, até ser mesmo verdade, continua a saber a sonho e a engano.
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