Fui lendo devagar.
Devagar.
Devagar.
Muito devagar.
Bebendo as palavras uma a uma. Vagarosamente.
Quanto mais li, menos quis perceber. Fui gelando a pouco e pouco.
Quanto mais li, menos quis perceber. Fui gelando a pouco e pouco.
Devagar.
(Mas mais depressa do que a leitura, porque o gelo invade-nos depressa, a respiração treme e o coração não hesita em vacilar.)
Abri muito os olhos. Engoli em seco. Não podia acreditar. É claro que voltei a ler, à procura das entrelinhas que não encontrei. Pelo menos à primeira.
As peças não batem certo. Em parte, porque não batem mesmo; em parte, porque não quero que batam. Nada disto pode fazer sentido. Não podem acabar assim, os sonhos. Um simples papel com pouco mais que meia dúzia de linhas não pode deitar por terra um castelo. Não pode ser assim... Pois não?
Esperar tanto, querer tanto, sonhar tanto, sentir tanto... Para tudo se despedaçar com a facilidade de farinha a fugir-me por entre os dedos num dia de muito vento?
Abri muito os olhos. Engoli em seco. Não podia acreditar. É claro que voltei a ler, à procura das entrelinhas que não encontrei. Pelo menos à primeira.
As peças não batem certo. Em parte, porque não batem mesmo; em parte, porque não quero que batam. Nada disto pode fazer sentido. Não podem acabar assim, os sonhos. Um simples papel com pouco mais que meia dúzia de linhas não pode deitar por terra um castelo. Não pode ser assim... Pois não?
Esperar tanto, querer tanto, sonhar tanto, sentir tanto... Para tudo se despedaçar com a facilidade de farinha a fugir-me por entre os dedos num dia de muito vento?
Tenho pena Sofia, gostava mto de te ouvir :(
ResponderEliminarOlá! Obrigada! Não sei quem és... Mas acho que me interpretaste mal! Não me vou "calar"... :)
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