Há sempre mais palavras. Há sempre mais uma resposta (ou há sempre uma resposta em falta). Há sempre mais uma dúvida, uma pergunta, uma insegurança. Cem estratégias e mil possibilidades. Há um infinito de tudo e mais alguma coisa. Uma batalha inglória em busca de motivos e justificações. Um mundo de coisas que ficam por dizer. Uma guerra para reconquistar a lógica há muito perdida. E um cansaço que se acumula, e um desgaste que não tem fim. É não aguentar mais. Sentir a lucidez fugir debaixo dos pés. Viver em conflito connosco, com Deus e com o mundo. Mas, estupidamente, perdoar sempre os silêncios que causam toda esta angústia. E perdoar quem é dono deles.
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