31 dezembro 2009

Mais uma nota solta:

Apetece-me dizer-te qualquer coisa tão imediata, descontextualizada, despropositada, inesperada e estúpida (aos teus ouvidos) quanto Nunca te vou esquecer.

E o que me apetece fazer depois de dizer isto é cem vezes mais despropositado.

Final de ano - Notas soltas

#1

Se houve dia em que eu podia ter morrido de amor, de bom grado e tranquilamente, com a sensação de missão cumprida e de que mais nada valeria tanto a pena, foi naquele que acaba de me vir à ideia. Desfiz-me em pedaços de alma, a pouco e pouco, a cada passo que dei, naquela tarde.

Estranho como as coisas mudam. E como, hoje, aquele dia me parece irreal, uma cena de filme vivida por alguém que não eu, como quando sonhamos e nos vemos de fora. Soube tão bem, na altura, foi tão intenso, tão absoluto, e agora parece que essas sensações não me pertencem.

O mundo dá voltas que ninguém pode parar. Mas terás sempre um lugar só teu!

#2

E se um dia destes eu te ligasse e metesse conversa?
(Se não ficasse sem fala ao ouvir a tua voz do outro lado)
A coisa que eu mais queria era que 2010 te trouxesse. Por qualquer motivo, transporte, ocasião, erro. Queria tanto que te tornasses vida na minha vida. Não o digo por preciosismo, mas certo, certo é que ninguém consegue imaginar a intensidade que isto tem dentro de mim.

#0

(E, entre #1 e #2, não há um único fio em comum. Soltos um do outro como folhas ao vento.)

28 dezembro 2009

Passas e bolo-rei e árvore e isso.

Digo eu que já é tarde para deixar votos natalícios, mas como o Natal é quando cada um de nós bem entender, vá: Felizes Natais - este e todos os outros!

E que o ano próximo - tão próximo, meu Deus, falta menos de uma mão-cheia de dias! - traga tudo o que esperam dele. Eu sei o que espero. Definam objectivos! Parece-me que são eles que nos movem, e é por eles que me vou levantar da cama todos os dias.

Não há passas que cheguem para tudo o que desejo - para vocês e para mim. Mas, primeiro, para vocês.

10 dezembro 2009

Lista de hoje:

Tenho sono.

Há situações que me desiludem e pessoas que me desiludem ainda mais que as situações.

Às sete da tarde de hoje vou mudar de vida - pelo menos durante umas horas.

Tenho uma data de coisas para fazer sem me apetecer, e há um milhão de outras que quero fazer mas não há como.

02 dezembro 2009

Suspiro:

O passado regressa, de mansinho... Pinga a pinga...

Vai-me molhando a vida. Escorrem-me gotas pelas costas, pelo peito, pela cara, pelos olhos, pelo coração. Agora, sim, estou verdadeiramente ensopada pelo que ficou para trás. Tu sorrias para mim e eu morria, ali, naquele momento.

Se ao menos tudo tivesse sido diferente...

Se ao menos.

30 novembro 2009

Um bem-haja!

Vá. Acedo. Convenhamos que mexeste ligeiramente com a minha estabilidade. Caramba, depois de tanto tempo é bom sentir uma lufada de ar fresco (fresquíssimo!!), que por acaso veio de ti. Tanta gente que não mexe com nada... Já começava a duvidar de mim própria! Gostei de voltar a sentir a existência de alguém que se distingue dos demais. Juro que até luzinhas me fizeste ver, e não foram de Natal! (Também não foi fogo-de-artificio, que fique claro desde já.) Já lá vai, já se acabou tudo... Somado não foram nem cinco minutos, mas agradeço-te a atenção!

Isto não é nada e vai passar à velocidade com que começou, mas já foi tão terapêutico para a minha cabecinha! (Que,tudo leva a crer, pensa mais do que deve...)

Estiveste bem. Claramente.

24 novembro 2009

Back to the good old times

em que tinha 14 ou 15 anos e estoirava dois terços ou mais do saldo do telemóvel numa noite, a mandar sms's a uma amiga, encontrando-se a minha pessoa toda encolhida debaixo dos lençóis, para a mãe não ver a luz do telemóvel nem ouvir o barulho das teclas.

Coisa maravilhosa. É que não há nada como isto de regressar à adolescência nestes propósitos e com uma amiga que vem desde essa altura.

23 novembro 2009

Desabafo:

É que eu queria tanto que não.

11 novembro 2009

...

Dantes queria falar de ti a toda a gente. Agora, a pouco e pouco estou a transformar-te no meu segredo. Como se te defendesse, te protegesse. És muito especial e partilhar-te com muitas pessoas seria banalizar-te.

10 novembro 2009

...

Imagina uma pessoa, desconhecida, e impossível de ser definida.
Imagina que essa pessoa não te sai da cabeça desde a primeira vez em que a viste.
Imagina que a pessoa te perturba como nunca nada te perturbou.
Imagina que não é amor, paixão, solidariedade, amizade, atracção, choque, sedução, medo. É apenas outra coisa qualquer.
Imagina-te a organizar a tua vida tendo em conta a suposta rotina da pessoa em questão, só porque tens de voltar a vê-la.
Imagina-te a precisar da imagem de alguém como de uma droga.

Imagina a espécie de loucura em que a tua vida parece tornar-se, e sem que tu te importes minimamente, tal é a influência do desconhecido. Imagina o descontrolo sobre as tuas próprias emoções, sobre a tua lucidez.

Esquece. Não tentes imaginar. Não serás capaz.

04 novembro 2009

Questão:

Será que os anjos existem, e, de vez em quando, um deles recebe ordem para descer à Terra e vir encaminhar o(a) seu(sua) protegido(a)?

02 novembro 2009

R

Tu não sabes, mas eu sei que já te escrevi boa parte das palavras que existem no mundo. Sei que já disse e pensei tudo o que tenho para dizer e pensar sobre ti um cento de vezes, de muitas maneiras, e isto apesar de jamais me teres ouvido falar de ti, mas parece que nunca é suficiente. Devo-te muito, devo-te grande parte do que sou e do que sinto, do que decidi e daquilo em que me tornei. É verdade que ficaste para trás - não tive alternativa para além de desistir de ti. (Não te sintas mal, nada aconteceu por tua culpa.) Mas também é verdade que não há dia em que não esvoaces na minha cabeça. És um passarinho que pairará sempre nas minhas ideias. Há um 'e se' que ficou e que dificilmente há-de partir. Continuas a ser, e serás sempre, a pessoa mais especial que alguma vez conhecerei. Nunca ninguém será melhor que tu. Nunca ninguém irá além de ti. Porque não existe ninguém tão especial quanto tu. Tão diferente. Nunca alguém será capaz de salvar os meus dias perdidos como tu um dia o fizeste, e ainda para mais sem imaginares que o fazias. Posso ter-te arrumado no baú, e ter a certeza absoluta (e tenho mesmo!) de que de lá não voltas a sair se não for eu a puxar-te cá para fora; independentemente disso, nunca nada me fará sorrir como tu fazias e fazes (dantes, pelo que eras; agora, pela recordação do que passou). Sempre que adormecer a pensar em ti, vou adormecer tranquila. E é por isso que te digo, com a humildade de quem desistiu porque não valeria a pena continuar (não fiques com remorsos... Tu só me fizeste bem!), que mesmo guardado para sempre no baú, há um lugar que é teu, há um espaço que te pertence. E nunca será de mais ninguém. Há uma parte de mim que só tu ocupas, porque és tudo o que mais quis e tudo o que nunca tive.

Guardei-te para sempre no baú. E não vou abri-lo, está prometido. Mas vou guardá-lo. Depois de muito tempo, agora sei que já não faz mal espreitar lá para dentro de vez em quando! Mais não seja para recordar que um dia, muitos dias, amei, e muito. E, com essa recordação, virá um sorriso... Apenas um sorriso...

15 outubro 2009

How can I just let you walk away, just let you leave without a trace?

(Título fora do contexto «Mr. Collins», como dentro em breve será óbvio.)

Pois. É oficial que me perturbaste. Aliás, fizeste-o e à valente! Isto parece um livro, ou o argumento de um filme. Até eu - parece que estou numa realidade paralela. Não sei o que me deu, mas quando te vi senti algo parecido com

Ora muito bem, vamos lá então voltar ao filme de outro dia para ver se as coisas se resolvem na minha cabeça.

O pior é que de baralhada não passo. Se olhares para mim, ou melhor, se os nossos olhares se cruzarem, juro que me cai o mundo todo aos pés em meio segundo, não sei se de embaraço se de confusão.


Quem és tu?

Nem sonhas, mas a verdade é que, desde aquele dia, não houve nenhum outro em que não fizesse esta pergunta, em que não pensasse em ti e em que não te procurasse em cada cara... Em cada autocarro... Nem sei bem porquê a esperança, mas a verdade é que a mantive, e hoje, quando te vi... Bom, confesso que podia ter-me sentado, mas preferi fazer a viagem de pé a perder-te de vista. (Verdade seja dita que mal olhei para ti, mas adiante.) Ia mesmo, mesmo para me sentar, mas quando te vi TIVE de voltar atrás. Foi mais forte que eu. Acho que preciso (e perdoa-me tamanho egoísmo!) de qualquer coisa vinda de ti e que ajude a esclarecer o imbróglio (não leves a mal) que tu és. Claro que dificilmente vou ter respostas... A tua voz não me vai chegar, o teu perfume também não... Talvez o nome ajudasse, mas não tenciono perguntar-to, nem muito menos serei capaz de meter conversa e de a levar a um ponto tão... pessoal.

E, já que estou em maré de confissões...


Sim. Saí uma paragem à frente da que era suposta. (Já estou corada até à raiz dos cabelos.) Decidi-me a 'ir atrás' de ti, pedindo a todos os santinhos que não morasses no fim da carreira, senão ia ser um problema para chegar a casa em tempo útil. (Mas se vivesses muito longe, eu desistia, a sério que sim. Não ia atrás de ti até ao fim... Acho eu.) Felizmente, saíste logo na paragem depois da minha, e eu segui-te os passos. Porquê? Nem eu sei! Por certo não estava a pensar entrar em tua casa e coscuvilhar-te as gavetas, nem me passou pela cabeça ir fazer perguntas aos teus vizinhos. Fui atrás de ti (só durante um bocadinho, depois voltei à minha rota habitual)... porque sim. As perguntas são imensas. E eu não tenho NADA a ver com as respostas, sei disso muito bem. Mas isto perturba-me de tal maneira que me socorro de todas as ferramentas ao meu alcance, ainda que despropositadas ou, pior, completamente inúteis.

Não me viste. Acho que nem deste por nada - felizmente.

Desculpa. Desculpa, desculpa, desculpa. Mas vou tentar apanhar este autocarro mais vezes... Não descanso enquanto não souber alguma coisa sobre ti. (Não faço ideia de como é que isso pode acontecer, mas logo se verá.) É superior a mim. Não controlo isto. Não tenho por hábito alterar a paragem onde saio nem pensar dia-após-dia-após-dia no reencontro com alguém que nem conheço...

... Mas hás-de convir que o teu caso é diferente.

14 outubro 2009

Fase.

Ainda estou para perceber se é esta a vida que quero. Estou numa fase oca, repleta de desinteresse, melancolia, insegurança e muita tristeza. Estou murcha, desligada, nada me entusiasma. Olho cá para dentro (de mim) e tudo é turvo, seco, cinzento. Se calhar sou uma insatisfeita. Se calhar vou querer sempre mais, ou sempre diferente, e por isso estou condenada à angústia e à melancolia. A vida passa e o sol não brilha sobre ela. E ando de queixo erguido e a tentar fazer cara alegre como se nada se passasse, embora nem eu saiba bem o que se passa. Só me parece que a vida vale a pena quando se têm expectativas,quando tudo se pode medir por fases, por etapas, que sabemos que começaram mas que terão um fim. Olhar para o presente e não haver perspectiva de mudança é uma coisa que me sufoca. Não me importo de estar assim, mas para me mover preciso de saber que o amanhã será diferente. Melhor. Tenho de ter expectativas quanto à mudança, tenhode saber que ela virá e ter noção de quando isso irá acontecer. Não gosto da vida poucochinha, de falta de horizontes, de não encontrar expectativas em nada. E detesto ter de me alegrar, de vibrar, com conquistas que nem sequer são dignas desse nome! E que não são minhas! Parvoíces, não há outra maneira de as chamar.

Só me apetece chorar. Ou, então, dormir durante muito tempo. Estou tão farta disto tudo. Queria desaparecer, atirar tudo (mas mesmo tudo) para trás das costas e começar do zero. Queria uma nova vida. Queria não ser eu. Nem isso.

12 outubro 2009

Quoting.

So here's for the truth. Here's for you. Here's why I came. I left everything, I changed my place, my life. And here's the reason why I came all the way from my place to this place:

You.

In all the glory of my craziness, I left it all behind. There are moments in life when all that matters is our heart and its will. So, here I am. I came. I stayed. I believed and I fought for my beliefs.

(E então ela abre os braços e depois deixa-os cair em jeito de quem desiste de lutar seja pelo que for. Depois fecha os olhos, entregue à verdade, ao que sente e a tudo o que se possa seguir, num daqueles momentos em que o tempo parece parar. Deixa-se levar pelo destino, pela fé, pela sorte... e o coração diz-lhe que tudo vai correr bem.)

06 outubro 2009

Sente-se.

É uma sensação tão esquisita... Parece que não estou aqui, que flutuo e me vejo de fora. Sinto-me imune a tudo, exterior a mim, ao meu corpo, e abandonada de vontade. Perdida, também. Confusa, apática, desligada de tudo e desinteressada. Parece que eu não sou eu. Parece que o poço é cada vez mais fundo e eu me vou limitando a descer, sem querer saber, minimamente, o que vem a seguir. Deixo-me levar sem qualquer vontade própria. Amorfa, condicionada nem sei pelo quê. É como se eu não fosse eu, como se alma e corpo se tivessem separado.

30 setembro 2009

Fico.

Descansem! As coisas não são porque não têm de ser. Resta deste lado a tranquilidade mais pura. Estou conformada! Fica o consolo (não que precise de ser consolada) de que tentei, e de que, por isso mesmo, nunca me vou arrepender de não o ter feito. Nunca vou olhar para trás e pensar "o que é que teria acontecido?". Fiz a pergunta e tive a resposta na única altura possível, na altura certa.

Não vou. Fico. E, se assim aconteceu, é porque é o melhor.

Está tudo bem :)

22 setembro 2009

Esquisito.

(Sendo que 'esquisito' não é necessariamente uma coisa má. Mas também não posso dizer que seja boa. Não sei... É... 'esquisito', apenas.)

Agora que nos cruzámos, tu, a tua imagem, vão perturbar-me durante muito tempo. Não vou esquecer tão depressa o que hoje se passou. A tua presença, a tua imagem, os teus olhos que quase falavam, tudo é de tal forma irrepetível e incomodativo que não pode nem deve ser esquecido. Recordar-te é apagar o mundo à minha volta em meio segundo e cair naquele outro mundo, paralelo, que parece que transportas nos olhos e que é só teu.


O desconhecido tem este efeito sobre nós. Incomoda-nos, choca-nos, porque é uma realidade que não dominamos. Ficamos sem perceber se a situação nos agrada ou nos incomoda. Seja como for, não há como ficar indiferente ao poder do tanto que ali se sentiu. Tudo em ti ultrapassa o que eu alguma vez soube, conheci ou entendi. Podes não ter sido mais nada, mas uma coisa foste de certeza: das sensações mais estranhas que tive na vida. Foi uma confusão, tudo em ti, toda a situação.

21 setembro 2009

Here it comes...

A pouco e pouco escurece mais cedo. As noites são mais frescas. Vem aí a nostalgia do frio, da chuva, das noites longas e dos dias curtos, do céu cinzento, dos casacões e daquele cachecol que é o mais fofinho de todos e que aquece pescoço, orelhas, queixo, quem sabe nariz e até a alma, com alguma sorte.

E hoje é assim:

You could be my unintended
Choice to live my life extended

You could be the one I'll always love...
You could be the one who listens
To my deepest inquisitions
You could be the one I'll always love...
(Muse. Unintended.)

...

«You could be my unintended choice to live my life extended». Coisa mais linda...

20 setembro 2009

18 setembro 2009

Se o que se segue não é lindo, então não sei o que será. É das coisas mais doces que ouvi em muito tempo...

:::::::::::::::::::::::::::

I'll sing it one last time for you
Then we really have to go
You've been the only thing that's right
In all I've done

And I can barely look at you
But every single time I do
I know we'll make it anywhere
Away from here

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say

To think I might not see those eyes
Makes it so hard not to cry
And as we say our long goodbye
I nearly do

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say

Light up, light up
As if you have a choice
Even if you cannot hear my voice
I'll be right beside you dear
Louder louder
And we'll run for our lives
I can hardly speak I understand
Why you can't raise your voice to say...

:::::::::::::::::::::::::::

16 setembro 2009

Cinema.

Querem ver um bom filme? (E quando eu digo bom, é mesmo BOM.) Um filme triste mas triste mas triste, e lindíssimo, ainda assim? Podem chorar à vontade - provavelmente, dois terços ou mais da sala de cinema acompanham-vos, e logo na primeira meia hora. Mas o mais curioso é que a beleza é tal que, no fim, em vez de recordarem a tristeza, a lembrança da doçura vai claramente ser mais forte.

Lindo. Doce. Emocionante. Comovente. De uma sensibilidade rara, muito rara.

Chama-se «Para a Minha Irmã». A partir de amanhã está por aí espalhado. Façam o favor - a vocês próprios! - de não perderem.

15 setembro 2009

Mensagem:

Honestamente, o que me tira do sério é a tua não-existência. Para variar, para animar a coisa e trazer algumas certezas, tinha a sua graça começares a existir! Era toda uma nova dinâmica! Assim, suavemente, de mansinho... Ou à bruta, se tiver de ser! Pouco se me dá como apareces. Mas aparece, caramba! Faz falta a emoção, a intensidade de te ter próximo - e isto está longe de ser uma frase daquelas feitas à pressa e que se espera que soem bem.

Anda lá. Preciso que existas. Preciso, francamente. Torna-te real - pouco a pouco ou de um dia para o outro, não interessa.

Mas "existe-me". Por favor.

10 setembro 2009

Vá. Anda lá com isso.

Atira-me a mão ao pescoço. À garganta. E faz, de uma vez, o que vais prometendo de instante em instante: arranca-me a alma. Puxa-a cá para fora e deixa-me oca como um balão.

Assim como assim, já esvaziei... Vou esvaziando a pouco e pouco...

09 setembro 2009

Gelei.

Fui lendo devagar.

Devagar.

Devagar.

Muito devagar.

Bebendo as palavras uma a uma. Vagarosamente.
Quanto mais li, menos quis perceber. Fui gelando a pouco e pouco.

Devagar.

(Mas mais depressa do que a leitura, porque o gelo invade-nos depressa, a respiração treme e o coração não hesita em vacilar.)

Abri muito os olhos. Engoli em seco. Não podia acreditar. É claro que voltei a ler, à procura das entrelinhas que não encontrei. Pelo menos à primeira.
As peças não batem certo. Em parte, porque não batem mesmo; em parte, porque não quero que batam. Nada disto pode fazer sentido. Não podem acabar assim, os sonhos. Um simples papel com pouco mais que meia dúzia de linhas não pode deitar por terra um castelo. Não pode ser assim... Pois não?
Esperar tanto, querer tanto, sonhar tanto, sentir tanto... Para tudo se despedaçar com a facilidade de farinha a fugir-me por entre os dedos num dia de muito vento?

08 setembro 2009

Bem:

Há aqueles dias que... enfim. São dias assim. Mais ou menos. Pronto.

03 setembro 2009

Stand by.

Cada vez mais me convenço de que o truque é não pensar em nada. Ignorar, simplesmente! Deixe-se passar o tempo. Esperar é uma virtude. O que tiver de vir, virá na mesma. Não vale a pena a ânsia. Nem o nervoso.

01 setembro 2009

A vocês que voltaram hoje,

um obrigada dos mais sinceros... Daqueles de encher o peito, pelo sorriso que trouxeram convosco, hoje, quando chegaram! Que bom que é ter de volta aqueles que dão sentido às coisas.

26 agosto 2009

Sabem aquela sensação...

... Aquela sensação de peito cheio e sorriso na cara... Tão, tão boa... De, de repente, aparecer um amigo que já não viam há um tempo, sem estarem minimamente à espera?

Ai, como eu gosto de surpresas. E da tranquilidade que elas trazem. E do sorriso que vem com elas.

25 agosto 2009

E de repente...

... Tu existes. E nunca por nunca te senti tão vivo, tão real, tão vibrante como agora. Nunca foste tão concreto. Estás longe, mas por breves instantes ficaste tão próximo! Próximo ao ponto de me deixares de barriga totalmente embrulhada, a verdade é essa.

Isto pode ser tudo um devaneio. Pode não passar de uma tolice, de um regresso a uma idade que já devia ter ficado para trás, de ideias que não lembram a ninguém, pode ser uma daquelas coisas absolutamente sem lógica - como se costuma dizer, sem pés nem cabeça. Mas a certeza cá dentro é inexplicável... Mexe com tudo o que sou e isso só pode querer dizer alguma coisa! Até pode ser tudo um disparate, mas...

E se não for? Porque eu acho que não é...

24 agosto 2009

Nem que só eu compreenda.

É uma sensação estranha... Não te conheço.

Mas sinto-te aqui.

17 agosto 2009

"This is the point of no return", ou a força de um desejo.

Não sei o que é que leva alguém recatado, conformado, nada dado a arriscar, a passar a achar, de um dia para o outro, que a vida triste e óbvia que tem não lhe chega. Sempre se sonhou, mas os sonhos nunca chegaram tão alto, nunca foram tão fortes, tão definitivos, tão nítidos, tão concretos, nem nunca se lutou tanto para os alcançar. Há uma força qualquer que surge vinda não se sabe bem de onde e que abalroa todas as dúvidas e hesitações. De repente, fica claro como água que a vontade chegou a um ponto sem retorno, e que nada, nada dentro de nós tem tanta força como o desejo de mudança. Deixar tudo e correr atrás do sonho... Esquecer tudo e pensar apenas em seguir o coração. Porquê?... Porque se sente, se sabe que aquele é o caminho... E que o destino, no final desse caminho, é o maior dos consolos, porque com ele vem tudo o que se desejou durante tanto, tanto tempo.
Para quem achou sempre que nunca teria coragem para tal, para alguém que nunca acreditou ser capaz de levar algo assim avante, a sensação de mudança já é palpável, e tem tanto de inesperada, como de assustadora... Como de deliciosa!

(E aos poucos tudo se conjuga... Aos poucos, tudo vai batendo certo... Peça a peça, o desenho encaixa e a barriga aperta-se cada vez mais de expectativa!)

10 agosto 2009

Só vos digo isto:

Um dia destes passa-me uma coisa pela cabeça, faço as malas, deixo esta vidinha para trás e aqui, neste espaço, ficará o recado que vos pertence:

... (as reticências preenchem-se na ocasião), here I go!

07 agosto 2009

Esta noite

tive um sonho tão bom. Daqueles mesmo bonitos e que nos fazem acordar e sentir que ainda estamos "por lá". Daqueles em que tudo tem lógica - menos as conversas. Daqueles em que tudo podia mesmo tornar-se realidade.

Menos as conversas, claro!

(Haja como torná-los reais...)

02 agosto 2009

Always in my heart, Mr. Morrison! Always in my heart!

Conclusões da noite:
* Conclusão física 1: estou a um passo de ficar afónica
* Conclusão física 2: Os meus ouvidos têm um ruído esquisito
* Conclusão emocional: não caibo em mim de eufórica e feliz
* Conclusão que não é bem uma conclusão: o amor TEM de existir. Se não existisse, não era cantado assim. (Não é?...)

Dizer o quê, sobre a noite de ontem?
Foi LINDO. Foi enérgico, emocionante, inesquecível, irrepetível, formidável. Nunca, NUNCA, até hoje, alguém me viu tão vibrante, tão alterada, tão DOIDA como ontem. Nunca ninguém me viu a cantar tão alto (daí a minha afonia iminente). Fui aos chamados píncaros-do-entusiasmo-humanamente-possível. Ele estava doido e eu fui pelo mesmo caminho. No final estava... de todo! Vibrei como nunca na vida! Cantei, dancei, pulei, bati palmas, gritei. Foi a loucura - da boa, claro! No fim da noite estava capaz de tudo, a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e sem filtro. Foi ... fenomenal. Quem me viu e ouviu (quer durante, quer depois) sabe que eu estava profundamente e irremediavelmente eufórica, em todos os sentidos! Ri, disse todo o tipo de disparates e fui muito, muito feliz.


Que noite. GRANDE concerto. GRANDE James Morrison. Inesquecível! Obrigada! Aparece sempre :)

29 julho 2009

Não querendo ser repetitiva...

... mas hoje o James Morrison assenta-me mesmo bem:

Sometimes I feel so full of love
It just comes spilling out
It's uncomfortable to see
I give it away so easily
But if I had someone, I would do anything
I'd never, never, ever let you feel alone
I won't, I won't leave you on your own...

É que é precisamente... Isto!

28 julho 2009

Irmão.

É uma espécie de fio condutor. Invisível, mas inquebrável. Eu sinto o fio entrelaçado a mim... Enrola-se e desenrola-se, estica e encolhe, enlaça-se a mim e a ti, dança por entre nós e é assim que estamos sempre unidos, juntos, por maior que seja a distância. É com este fio que vivemos amarrados. Nunca te perguntei se também o sentes - talvez, quando perguntar, isto soe estranho. Pode parecer um delírio, mas não é. Só acho que vai ser estranho porque não me parece que sejas sensível a estas coisas do modo que eu sou. Eu sinto o fio, a linha, a amarrar-nos para não nos perdermos de vista nem de sensação. E é esta linha que me faz perceber onde estás e como estás. Que me faz saber mais de ti do que o que as palavras alguma vez disseram... Saber-te e sentir-te, mais ainda do que conhecer-te. Como se houvesse uma bússola... Como se fosses um íman que eu sinto à medida que se aproxima. Porque a verdade mais pura é essa mesma; sinto-te próximo, sei quando estás por perto, oiço-te e distingo-te entre tudo e entre todos. O fio que me envolve - que nos envolve - reage, mexe. É quase telepático, tudo isto. Pergunto-me, enfim, se alguma vez te apercebeste. Se também te enredas na linha ou se só eu a vejo. Será que não a sentes? Ou serei eu a dar-lhe valor a mais?

Será que é assim com todos? Será que a sensação é sempre esta? Será que a linha que une quem é do mesmo sangue se dá sempre a sentir desta forma?

27 julho 2009

JM.

Ora bom: entre

If it's gonna be a rainy day
There's nothing we can do to make it change
We can pray for sunny weather
But that won't stop the rain
Feeling like you got no place to run
I can be your shelter 'til it's done
We can make this last forever
So please don't stop the rain


e

Yeah you played me good,
But I want you, I want you, I want you,
So much more than I should,
Yes I do.

ou

We could build a rocket,
Fly to the moon
Leave Tuesday morning,
And be back for noon

e quem sabe

'Cause you give me something
That makes me scared, alright
This could be nothing
But I'm willing to give it a try
Please give me something
'Cause someday I might know my heart

ou talvez ainda

But who am I to dream?
Dreams are for fools, they let you down...

And I know that it's a wonderful world
But I can't feel it right now
Well I thought that I was doing well
But I just wanna cry now
Well I know that it's a wonderful world
From the sky down to the sea
But I can only see it when you're here, here with me

e também

So won't you save,
Save yourself,
By leaving me now,
For someone else?
If I'm crying now,
Don't listen to it,
It's only my heart,
It's only my heart.


... o certo é que eu lá vou estar. Ai vou, vou. Ninguém pára Mr. Morrison, e ninguém me pára a mim.

26 julho 2009

E a frase do dia foi:

"As coisas que tu fazes para me obrigares a correr atrás de ti."

24 julho 2009

Sabem o que é que vai ser bom?

Mesmo, mesmo, mas mesmo MUITO bom?

...

Sabem?

...

Isto:





Isto. Isto vai ser bom. Muito Bom.



(Nunca mais é Setembro...)

23 julho 2009

Done with it.

O desconforto é tão grande, a desmotivação pesa tanto, a descrença aperta de tal maneira o peito. Injustiças, descabimentos, impossibilidades.

Quem me leva daqui? Para longe - o suficiente para me esquecer do caminho de volta, não vá a tentação empurrar-me em direcção ao conhecido. Em direcção ao mesmo. Estou farta e não quero mais.

20 julho 2009

Grávidos de um Rei.

Irritam-me, certas pessoas. Bem finjo que não, bem tento ignorar, mas irrita-me quem se queixa quando tem o dobro do que merece e faz metade (ou menos) do que devia fazer. Cresce-lhes o rei na barriga à velocidade da luz - é uma gravidez francamente anormal, de tão rápida e esquisita que é! De repente transformam-se... Deixam de ser comuns mortais e tornam-se em Suas Excelências os Mais Espertos e Donos de Toda a Razão Daqui e D'Além (quem lê isto que tenha a delicadeza, a decência, de se dobrar numa valente vénia).

Ontem, não sabiam nada. Hoje, continuam sem saber. Mas julgam que sabem. Acham-se Reis De Tudo E Mais Alguma Coisa, mas, em tanto tempo, não conquistaram nada. Não evoluíram nem um pedaço. Mas têm amigos!...

E, quem tem amigos, tem tudo. Por mais incompetente que se seja, a verdade, para o bem e para o mal, será sempre essa: quem tem amigos, tem tudo.

Quem tem amigos tem até a oportunidade de "engravidar" de importância. Não é para todos, não é um episódio de vida que qualquer um possa experimentar! É todo um cenário que surge, do nada, e só ao alcance de quem mantém os relacionamentos certos. E depois pode continuar-se preguiçoso, incompetente, desleixado... O que interessa é manter a personagem da «Pessoa Eficiente Que Sabe Mandar». Queixo levantado, nariz espetado para o ar, palavras ditas sem entoação, sem sentimento, palavras curtas, frias e cortantes como ordens dadas a seres reles. Sim... Porque o comum mortal não passa de uma "coisinha" que por aí deambula. (Mesmo que esse comum mortal saiba mais do que Sua Diviníssima Alteza Sabedora alguma vez virá a saber... Isso interessa, porventura?)

[Mesmo que essa personagem só seja convincente, até para os desconhecidos ou distraídos, por não mais que dois minutos e meio.]

22 junho 2009

Conversa tola do dia:

(Eu:) Quem sabe se BB não se esconde atrás do terceiro monte de Vila Velha de Ródão, a fazer um piquenique?

(Ela:) Sim! E salta e diz "CuCu".

(Quem não percebeu... Pronto, não percebeu. Há aqui muito segundo sentido e muita parvoeira à mistura, diga-se.)

17 junho 2009

Entre amigas

Uma amiga (tu) diz assim:

'Não mudes. Não saias daí nunca.'

Volvida a troca de mais algumas linhas... A outra amiga (eu) responde:

'E venha Paris, e venha Londres, e venham os Muse, e venha o Ben, e venha o mundo, e venha a vida repleta de tudo. Nós estamos juntas à espera!'

É bom ser tua amiga. É bom sermos assim como somos! Que era de nós... Sem nós? :)

(Há ainda que referir a pérola [tua, não minha] de ontem à tarde, repleta de tão grande sabedoria e sentido: 'Há homens que nos fazem querer ser espadas só para nos segurarem na mão.')

05 junho 2009

Só em jeito de... coisa nenhuma:

Há tanto tempo que não tinha esta sensação, repentina, muito tola e inesperada, de estar num sítio bem conhecido, um sítio familiar e repleto de gente, e de, de repente, pensar - melhor: sentir - «Sem ti aqui isto fica oco. Completamente vazio.»

Disparates. Apenas e só isso mesmo: disparates!

04 junho 2009

E escreveu-me ele assim, hoje:

«Tens de perceber certas coisas... Tens de perceber que é verdade... Que quando alguém não está bem, e tu te apercebes disso, a tua cara muda... Sorris de outra maneira... Toda a tua energia se acalma... Toda tu és serenidade, solidariedade e força, e todas estas coisas podem não sair da tua voz mas saem do teu sorriso e dos teus olhos.»

31 maio 2009

O que aí vem.

De certeza que, se me atirasse agora aos palpites, acertava.

Há um momento. Não sei se acontece várias vezes durante a vida ou apenas uma. Mas há um momento em que temos a certeza absoluta em relação ao fim das coisas. É uma sensação. Bem mais forte que um simples pressentimento.

Eu SEI como é que isto tudo vai acabar. Sei até os detalhes do fim. Sei cada passo, cada etapa. Consigo ver tudo, e claramente. Ver o tabuleiro, e ver as peças que vão cair, uma a uma. Sei as que vão cair primeiro e as que vão resistir até ao fim. Sei que algumas pensam que se vão salvar mas, no fim, ninguém se salva - por isso é que se chama fim. Sei que vai haver confusão, guerra, disparates, revolta... E que, no fim, vai mesmo tudo acabar. Vai desfazer-se em pó (metaforicamente). Das vozes, ficará apenas o silêncio.

Sei de tudo isto e sei em todo o detalhe. É como se, por uma vez na vida, pudesse ver o futuro melhor do que vejo o passado.

05 maio 2009

Acerca do passado, do presente, e do futuro.

E de repente cais a conta-gotas na minha vida, uma vez por semana, outra vez, mais uma vez.

E agora? Vá de arrumar ideias, que assim, não chego longe.

02 maio 2009

A um passageiro desconhecido.

Quero ver-te a entrar no autocarro, outra vez, todos os dias. Nem sei bem porquê. Não te conheço, sequer... Não sei quem és, de onde vens, o que fazes... Mas quero!

Apareces, por favor?

13 abril 2009

E é isto.

E, de repente, há qualquer coisa dita no tom mais natural. Qualquer coisa que sai assim... Com toda a simplicidade. Como se não fosse nada... Como quem não quer a coisa... Tudo isto fruto da ignorância - de quem diz e de quem ouve. Quem diz não sabe o que se passa na cabeça de quem ouve. Quem ouve (ainda) não quer dar-se conta do que vai cá dentro... Quem ouve esforça-se por ignorar - e consegue. Há coisas que já se sabe que não dão em nada, nunca, e por isso, por geniais, ideais, perfeitas que fossem, nada é melhor do que ignorá-las, guardá-las num canto e fingir que não existem nem nunca poderiam existir.

E é deste modo que tudo passa. Que tudo fica bem.

07 abril 2009

Digo eu...

... que se é possível cantar o amor assim, é porque o amor existe de facto.

(A frase que vinha à cabeça no fim de cada música era «vocês são BONS». E são mesmo!)

01 abril 2009

Ao que aponta - Parte Dois.

Deus me perdoe... Mas não tenho pena nenhuma de ti.

Nenhuma, nenhuma, nenhuma. Aliás, isto para mim é quase uma espécie de prazer retorcido. Daqueles prazeres que eu sei que uma boa menina não devia sentir... Mas é mais forte que eu. É que, francamente, dá gosto ver. É maldade? Pode ser. Embora, aqui, o verdadeiro MAU sejas tu e não eu.

(Lembras-te?... Eu disse que um dia ias acabar por pagar pelo que és e pelo que fazes.)

...

Pode um livro mudar a nossa vida? Tornar-nos ferozmente cruéis, impacientes, frios, indiferentes, antipáticos, impetuosos, egoístas, cínicos - e capazes de ver tudo isto como as verdadeiras virtudes de um ser humano, como um auspicioso recomeço de vida? Pode alterar-nos as prioridades? Desvalorizar o que antes era o mais importante de tudo? Será que um livro pode arcar com a responsabilidade de ter mudado irremediavelmente, definitivamente, a pessoa que somos de cada vez que acordamos para um dia novo?

31 março 2009

Quatro anos?...

"Carvalhal tã' piquenino
És uma terra modesta
De gente hospitaleira
Que gosta de dormir a sesta..."

(Eu nem vou tentar explicar isto. É quase uma espécie de private joke... Ou, melhor dizendo, é uma private memory que só diz respeito a quem a viveu. É mesmo muito, muito private.)

Há quatro anos. Precisamente quatro anos, descobri agora. Por acaso. Há quatro anos atrás, neste mesmo dia, era tão feliz, estupidamente feliz e despreocupada e leve e tudo!!... E, por outro lado, neste preciso momento está a dar uma daquelas músicas que mexem comigo a um ponto quase desleal, sobretudo em alturas como esta, em que acabo de me aperceber da maravilha, da doçura, da leveza daquele dia 31 de Março de 2005.

Agora, sim, faço a pergunta, em tom de quem perdeu a força, o ânimo, a esperança: não pode o tempo voltar para trás, nunca?

25 março 2009

Das coisas que detesto.

Detesto repentes. Detesto gente mimada. Detesto gente com a mania dos maus feitios. Detesto incompetentes. Detesto impostores. Detesto ladrões - sobretudo, detesto ladrões mascarados de honestos, honrados, sérios, símbolos de bons costumes e segurança. Detesto as manias das doenças. Detesto quando tudo corre mal e passa a correr ainda pior. Detesto secas. Detesto gente com a mania que tem mais direitos que os outros apenas por uma razão: porque sim. Detesto esta vida poucochinha. Detesto o cinzento do dia-após-dia-após-dia. Detesto isto. Detesto tudo.

14 março 2009

Desafio.

Pois que a mim raramente ou nunca me dá para estas avarias, mas vá. Seja. Ele convidou e eu aceitei, com certeza.

Por isso, vamos lá - e reza assim:


- Tenho de linkar o blog que me deu o "prémio" (já está linkado lá em cima).

- Escrever as regras no meu blog (como se pode ver).

- Contar 6 coisas aleatórias sobre mim (vai ser bonito, vai vai...).

- Indicar mais 6 blogs (Seis?? Oh, Deus!!).

- Comentar o blog de quem escolher (mais oui).

- Deixar os indicados saberem quando eu publicar o meu post (bale, bale).

Posto isto...

1. Confesso que fazer desporto, para mim, é uma das grandes torturas a que me posso sujeitar. O único desporto que me agrada é badminton - que não jogo porque não posso (mas isso é outra história, que não vem ao caso). O único desporto que me é aconselhado fazer dá pelo nome de hidroginástica - sim, é verdade. Sofia Covas confessa ao mundo, pela primeira vez (e única, porque nunca mais vou ter coragem para admitir isto), que fez hidroginástica durante muuuuuuito tempo. Sim, com as velhotas, e tal. Excusam-se comentários - até porque é modalidade que já não pratico há um tempinho razoável.

2. Em maré de confissões... Talvez valha a pena admitir que há um lado nostálgico na minha pessoa que por vezes gosta de ouvir coisas tão delicodoces como Backstreet Boys... ou Boyzone... ou Westlife... Isto muito em memória dos meus tempos de adolescente, note-se!

3. Tenho uma espécie de ataques de pânico sempre que o telefone de casa toca e do outro lado não está ninguém. Não sei explicar porquê... Não é que tenha medo, nada disso. Mas faz-me muita, muita confusão. Fico com uma espécie de aperto no peito... Só sei que é uma sensação horrível.

4. Tenho fobia de tudo o que é bicharoco - as aranhas são a loucura completa, mas tudo o que esvoaça, trepa, pica, zumbe ou rasteja tira-me anos e anos e anos de vida. Dá-me uma descompensação nervosa - aliás, se eu um dia ficar doida, já sabem: a culpa foi dos bicharocos. (Pode não parecer, mas isto é muito sério.)

5. Adoro o que faço. Adoro o meu trabalho, e tudo o que ele inclui... E gosto muito de 95% das pessoas com quem trabalho.
No Rádio Clube encontrei gente maravilhosa, e encontrei o trabalho que realmente me faz bem, e que por isso não sabe a trabalho. E a verdade que ainda não contei a ninguém é que trago um aperto enorme no peito, porque algo me diz que não vou ficar por lá muito mais tempo. E dói pensar em vir-me embora. Pelo que faço... E pelas pessoas que vou deixar para trás!

6.
(Atenção: tenho uma tendência para acreditar em coisas tolas, peço desculpa!) Quero a minha grande história de amor. Uma daquelas que são a sério, que são mágicas, que fazem borboletas no estômago e que dão todas as cores à vida. Uma daquelas histórias intensas, cheias de momentos únicos, especiais. Porque eu acredito no Amor...

...

Ufa.

Quanto aos seis blogs:

* Alma
* Narrativas de um monstro
* Rebuçado de manjericão
* Tudo o que tenho cá dentro
* Relatos de um ruivo
* Parvoíces minhas

...

E agora vou dormir. Amanhã convido este mundo todo para fazer o mesmo que eu!!

13 março 2009

Eu...

Só tenho nós no estômago em alturas francamente despropositadas.

10 março 2009

Quanto a ti...

Não sorrias, que me matas.

22 fevereiro 2009

Aos Homens Deste País.

Façam-me um favor: sejam preguiçosos, armados em bons, olhem para nós como se fossemos tontinhas ou burrinhas ou algo do género... Mas, pelo amor da santa, sejam cavalheiros. Quando virem duas mulheres «em apuros» - traduzindo, duas mulheres com o pneu do carro furado -, ofereçam-se para ajudar.

Foi o que aconteceu hoje. Duas mulheres, pneu furado. E não foram nem um, nem dois, nem três ou quatro ou cinco nobres infantes que não pararam. Que viraram a cara como quem diz «Tralalááá... Não estou a ver nada... Oh pa' mim tão distraídinho...» Não. Nem foram seis, nem sete, nem oito. Estava demasiado ocupada (!!) para os contar, mas foram pelo menos uns dez. Ah, pois. Dez!! Duas mulheres de volta de um pneu (e, consequentemente, de porcas, parafusos, jantes, roscas, macaco, chaves) e dez senhores, pelo menos, que nem olhavam duas vezes. Ou ignoravam ou fugiam. E não me venham com a conversa de que a culpa até é das mulheres, que têm a mania que querem ser iguais. Aposto que nunca ninguém me ouviu exigir igualdade no que toca a mecânica - ou a uma imensidão de outras coisas!

E, no entanto, quando eu já deitava mais fumo que o carro, tinha as mãos repletas de óleo, estava cansada, estafada - mas com a viatura quase quase prontinha a circular -, e depois de emitir uma série de impropérios pouco dignos relativamente ao sexo masculino, eis senão quando apareceram, vindos não sei de onde, dois homens. Prestáveis, ainda por cima! Acabaram de apertar o pneu novo, só, porque o resto já estava feito. Mas ganharam para sempre a minha gratidão. No meio de tanta falta de homens prontos a porem os braços ao serviço de duas donzelas aflitas, apareceram os dois, ofereceram ajuda e salvaram um pedacinho da situação.

Se por acaso aqui chegarem... Obrigada! Espero que tenham noção de que são uma espécie em vias de extinção.

19 fevereiro 2009

Ora bem...

Sou só eu que acho um contra-senso estar um carro avariado no Alto da Boa Viagem?

16 fevereiro 2009

Carta aberta.

Ao homem da minha vida,

Sejas lá tu quem fores, de certeza que mereces, precisamente por seres o homem da minha vida (oculto, mas enfim), umas palavrinhas bonitas da minha parte.

Estas não fui eu a escrever - quem dera! As boas ideias foram deles. Que, diga-se de passagem, têm tido muitas ideias geniais ao longo do tempo. E é um tesouro, esta música.

Atenção... Faça-se silêncio... E aqui vai disto: Get to Me.

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Well an airplane's faster than a Cadillac,
And a whole lot smoother than a camel's back,
But I don't care how you get to me...
Just get to me.

Parasail or first class mail,
Get on the back of a Nightingale,
Just get to me, I don't care, just get to me...

Prokeds, mopeds take a limousine instead,
They ain't cheap but they're easy to find.
Get on the highway, point yourself my way,
Take a roller coaster that comes in sideways,
Just get to me... Yeah

Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...

Or maybe you could pollinate over the Golden Gate,
Take a left hand turn at the corner of Haight,
And then a sharp right at the first street light,
And get yourself on a motor bike...

And if you think you'll get stuck in a traffic jam,
That's fine, send yourself through a telephone line,
It doesn't matter how you get to me...
Just get to me.

'Cause after every day,
The wind blows the night time my way,
And I imagine that you are above me like a star.
And you keep on glowing,
And you keep on showing me the way...
Shine, shine, shine...

Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...


Go on, hitch a ride on the back of a butterfly,
There's no better way to fly to get to me...
I look around at what I got, and without you, it ain't a lot,
But I got everything, with you, everything...


And I got everything, with you, everything...
And I got everything, with you, everything...

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Sim. Deixa-me apenas descobrir-te, homem da minha vida, e prometo-te que chego a ti custe o que custar, de uma maneira ou de outra...

Nem que seja preciso "enviar-me" «through a telephone line».



(Sou só eu que às vezes acho que certas letras e músicas foram escritas especialmente para mim? Para se adequarem às minhas ideias, ao meu feitio e aos meus sonhos?)

14 fevereiro 2009

A caminho de lado nenhum.

We're on a road to nowhere...


... Come on inside!

05 fevereiro 2009

Denso e cerrado.

Há alguma coisa de mal, pergunto eu, em gostar dessa redoma claustrofóbica mas tão agradável chamada nevoeiro? Não ver nada de nada de nada à minha volta, de momento que não esteja dentro de um carro, tem qualquer coisa a ver com a maior paz do mundo. Parece que estar enclausurada em vapor absorve o que vai dentro de mim. Fico... em vácuo!

E isso não tem nada, nada de mal.

01 fevereiro 2009

Só.

Há momentos em que estou rodeada de gente que sei que gosta muito de mim, e de quem eu também gosto muito, e, no meio de qualquer tarefa absolutamente insuspeita, há um aperto no meu peito - chamado solidão. Tanta gente à minha volta que sei que me adora, e eu sentir-me assim, tão, tão só.

31 janeiro 2009

Candy-heart.

Sofia come um candy-heart.

(Toda a gente sabe que Sofia está só e abandonada no que toca ao "heart".)

Bem. Voltando ao princípio. Sofia come um candy-heart. Mas, antes de o comer, Sofia olha atentamente para o dito e lê a palavrinha que vem lá escrita.



Sofia fica sem saber o que pensar... Come o dito coraçãozinho, ora pois.... Mas há ali um travo amargo, disso não restam dúvidas! (Sim, distraídos, o travo não vem só do sabor.)

26 janeiro 2009

Superstar.

E assim falava Judas a Jesus, no musical dos musicais (pronto, é uma opinião e vale o que vale...):

Every time I look at you
I don't understand
Why you let the things you did
Get so out of hand
You'd have managed better
If you'd had it planned
Now why'd you choose such a backward time
And such a strange land?

If you'd come today
You could have reached the whole nation
Israel in 4 BC had no mass communication
Don't you get me wrong
Don't you get me wrong
Don't you get me wrong, now
Don't you get me wrong
Don't you get me wrong
Don't you get me wrong
Don't you get me wrong, now
Don't you get me wrong

Only want to know
Only want to know
Only want to know, now
Only want to know
Only want to know
Only want to know
Only want to know, now
Only want to know

Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?

Tell me what you think
About your friends at the top
Now who d'you think besides yourself
Was the pick of the crop?
Buddah was he where it's at?
Is he where you are?
Could Muhammmed move a mountain
Or was that just PR?
Did you mean to die like that?
Was that a mistake or
Did you know your messy death
Would be a record breaker?

Don't you get me wrong Don't you get me wrong
Don't you get me wrong, now Don't you get me wrong
Don't you get me wrong Don't you get me wrong
Don't you get me wrong, now Don't you get me wrong

Only want to know Only want to know
Only want to know, now Only want to know
Only want to know Only want to know
Only want to know, now I only want to know

Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?

Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Jesus Christ
Who are you? What have you sacrificed?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?
Jesus Christ
Superstar
Do you think you're what they say you are?

22 janeiro 2009

A vocês, os de ontem. Os de sempre.

Tantas saudades que eu trazia guardadas...

E que bom foi matá-las convosco.

Obrigada. :)

15 janeiro 2009

«My eyes are on you, they're on you...»





«So I put my arms around you, around you
And I know that I'll be leaving soon...
My eyes are on you, they're on you
And you see that I can't stop shaking...»

14 janeiro 2009

Era! Só podia ser.

E não é que hoje o Mel Gibson estava em Sete Rios e entrou no autocarro em que eu vinha?

(OK, pronto. Há uma remota possibilidade de que não fosse ele... Mas tenho cá para mim que Mr. Braveheart é passageiro assíduo do 758, e ainda para mais cheira-me que mora aqui para os meus lados. Hollywood? Nooooo, my dear, Hollywood já era!!)

13 janeiro 2009

Em jeito de desabafo:

Só não escrevo uma palavra feia (que começa com um P, acaba com um A e tem dois erres no meio) porque a minha mãezinha deu-me educação e ensinou-me que estas coisas se pensam mas não se dizem - quanto mais escrevê-las!

Mas... Caramba. Uma pessoa está há meses à espera de um pretexto. (É, às vezes fazem falta. É raro mas acontece.) E, agora, SIM!, o pretexto existe, de facto! (Ou existia...)

Ora: nesse caso, por que carga de água é que, depois de tanta espera, de tanto plano, de tanta ideia luminosa, eu soube da existência do dito pretexto com menos de 48 horas de antecedência??? É triste, isto, é muito triste!

Sabem que mais?...

Porra.

01 janeiro 2009

Ao que aponta:

O título deste post seria, supostamente, "Resoluções de ano novo". Mas isso vai ficar para outra oportunidade, porque tenho algo entalado aqui na minha gargantinha e que é superior a tudo:

Um dia, TU, pessoa horrorosa, que sabes estragar os melhores dias de qualquer criatura - até de uma paz de alma infinitamente tolerante (eu, pois) -, vais ter o que mereces. A justiça divina há-de saber-te tão mal. E, desculpa lá a franqueza, mas vou adorar quando chegar a altura de pagares pelo mal que fazes. É triste ter de dizer coisas destas num dia como o de hoje, mas já não há paciência. Não sei quem te julgas, e muito menos sei quem me julgas. Mas julgas-me mal, podes ter a certeza. Absoluta.

E mais te digo: TU, senhor importante, cheio de manias, peneiras, falta de educação, não passas de um infeliz. És um tolo. És, em traços gerais e específicos, aquilo a que se chama, em bom português, uma besta. És muito, muito mau. E um dia, quando puder ser - agora não pode, infelizmente!! - terei TODO o prazer em dizer-te tudo isto e tanto mais. Na cara. Frente a frente. Quando já não houver nada mais em jogo... Vai ser um gosto dizer-te muitas coisas.

Que homem horrível que tu és.